Manifestantes bloqueiam Avenida Augusto Franco em protesto por moradia
Moradores das mangabeiras cobram o início das obras do Complexo Habitacional Cotidiano | Por Aline Aragão 22/10/2021 17h19 - Atualizado em 22/10/2021 18h14Famílias que moravam na antiga ocupação das mangabeiras, na zona de Expansão de Aracaju, bloquearam a passagem de veículos na Avenida Augusto Franco, na tarde desta sexta-feira (22), em protesto por moradia.
A manifestação acontece no cruzamento entre as avenidas Augusto Franco e Nestor Sampaio. Equipes da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito de Aracaju (SMTT) já estão no local.
Os veículos estão sendo desviados antes da caixa d'água do Conj. Médici, na av. Acrísio Garcez, e na rotatória do São João Batista, no cruzamento com a Gonçalo Rollemberg Leite. Segundo a SMTT, há outro ponto de bloqueio no sentido Sul da avenida Augusto Franco, na rotatória do Cemitério São João Batista. Os manifestantes estão na via e os agentes estão atuando para amenizar os transtornos no trânsito.
Os manifestantes cobram o início das obras do Complexo Habitacional Irmã Dulce dos Pobres. O terreno foi desocupado em julho do ano passado, mas até agora a construção não foi iniciada. Há um mês um protesto foi realizado em frente ao Ministério Público Federal (MPF).
O projeto da prefeitura prevê a construção de 1.102 unidades habitacionais, por meio do programa Pró-Moradia do Governo Federal. Os recursos para a obra são do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
O financiamento é de R$ 116.7 milhões, contratado junto à Caixa Econômica Federal, com contrapartida do município de R$ 7.9 milhões, destinada ao pagamento do Aluguel Social, recurso assistencial mensal concedido por 24 meses para as famílias que foram realocadas para imóveis temporários, enquanto aguardam a finalização da obra, que tinha prazo inicial de conclusão de dois anos.
Por meio de nota, a Prefeitura de Aracaju informou que “desde a desocupação da área das Mangabeiras, a Prefeitura de Aracaju, por meio das Secretarias de Assistência Social, de Governo e Emurb, têm dialogado com dez lideranças comunitárias que representam os moradores. Para a reunião desta sexta-feira, todas elas foram convidadas por meio de ofício e apenas três compareceram. Diante disso, uma nova reunião será remarcada”.
Segundo os manifestantes, foi permitido o acesso de apenas três representantes. Eles teriam insistido com a direção da Emurb para que 10 representantes participassem, mas o pedido não foi aceito, por esse motivo, eles decidiram fazer o protesto.