Ministério Público adia julgamento do acusado de matar o delegado Ademir
Advogado afirma que não houve latrocínio, mas um crime de homicídio a mando Cotidiano | Por Antonio Cardoso 09/05/2022 20h00O julgamento do acusado de matar o delegado Ademir Melo, que deveria acontecer nesta segunda-feira (09), foi adiado para o mês de agosto deste ano. O advogado da família da vítima afirma que não foi um latrocínio, mas que mandaram matar o policial.
O crime aconteceu em julho de 2016, no bairro Luzia, no local conhecido como Alameda das Árvores, na zona sul de Aracaju. O delegado Ademir passeava com seu cachorro no momento que foi baleado.
De acordo com a investigação policial, o crime se tratou de um latrocínio, roubo seguido de morte. Foi encontrada a motocicleta supostamente usada no crime, e um revólver calibre .38, apreendido na casa do suspeito.
Segundo o advogado da família, Gustavo Silva, a perícia, contratada pelos familiares do delegado Ademir, constatou que não houve um latrocínio. “Houve um homicídio, um crime de mando”, disse o defensor ao F5 News.
“Até hoje a polícia não trouxe nos autos o vídeo completo, mas uma gravação feita pelo celular, no qual contém 19 segundos, que nem dá para ser periciado, porque foi feito por um aparelho celular”, completou o advogado e ainda afirmou que esse vídeo teria sido entregue na íntegra para a polícia, mas que não foi levado aos autos.
Relembre o caso
O delegado Ademir foi morto no dia 18 de julho de 2016 e, em agosto do mesmo ano, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) apresentou Anderson Santos Souza como o responsável pela morte do policial.
A arma do crime passou por um exame de microcomparação balística a fim de comprovar que o revólver em questão foi utilizado no homicídio. Segundo a SSP, o laudo é conclusivo e não deixa dúvidas a respeito da autoria.
O caso já havia sido suspenso antes, em 2019. quando a justiça pediu mais provas do crime para a SSP. F5News entrou em contato com o Ministério Público, que não respondeu qual a justificativa para o adiamento do julgamento.
Estagiário sob supervisão da jornalista Monica Pinto