Motociclista acidentado custa R$ 120 mil para os cofres públicos em SE
Governo lança campanha para prevenir acidentes de trânsito Cotidiano 03/08/2015 15h00Por Fernanda Araujo
Cada acidentado que dá entrada no Hospital de Urgência de Sergipe custa, em média, R$ 120 mil aos cofres públicos do Estado para sua recuperação. E se o paciente se torna inapto para o trabalho, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, vai para a Previdência Social custando em torno de R$ 900 mil. Esses são alguns dos dados apresentados pelo secretário de Estado da Saúde, Zezinho Sobral.
“A maior perda é a vida, o que aquele jovem deixou de contribuir para a sociedade com o seu trabalho. O bairro Santa Maria em Aracaju é o que mais contribui com vítimas. O número de fraturas expostas que entravam por dia no Huse era um; agora são sete. Há finais de semana que você tem 20 fraturas expostas em dois dias. Cada vez mais jovens têm sofrido acidente desse tipo. O Estado não pode ficar alheio a essa situação”, afirma Sobral (ao lado).
Sergipe tem a maior média de motociclistas mortos ou sequelados em acidentes, no país. Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde, são mais de 17,6 óbitos para cada 10 mil motos, número quase três vezes maior que a média do Brasil (6,6).
Projeções do Estado apontam que até dezembro deste ano devem ocorrer 310 acidentes com motociclistas. O Governo lançou, nesta segunda-feira (03), a campanha ‘Motociclista Vivo’ para prevenir acidentes de trânsito, na Escola Estadual Vitória de Santa Maria, no bairro Santa Maria, em Aracaju, que envolve as secretarias de Educação e Saúde, Detran, SMTT, PRF, Samu, diretórios clínicos do Huse e Cptran.
No primeiro semestre de 2014, as ocorrências atendidas pelo Samu, envolvendo quedas de moto em Sergipe, totalizaram 1.715, sendo que no mesmo período deste ano houve 1.774. O custo mínimo de uma saída de uma viatura do Samu é de R$ 3.500 e se for Unidade de Suporte Avançado o custo chega R$ 5.500. “No primeiro semestre deste ano aumentou em 23.5% o índice de atendimento. Geralmente, o paciente é politraumatizado grave, tem trauma de crânio e nos membros inferiores, tem perman
ência grande no hospital, em média 30 dias. É preocupante”, disse a superintendente do Samu 192, enfermeira Maria Conceição Mendonça (ao lado).“A escola é um espaço educativo, de formação, é importante mobilizar a parcela da juventude para que eles tomem consciência da importância de respeitar o código de trânsito, de evitar acidentes e de preservar a vida. Pretendemos fazer discussões, distribuição de material educativo etc., até dezembro em todas as escolas, se possível”, diz o secretário de Estado da Educação, Jorge Carvalho.
“Tudo é questão de usar o capacete, de, se beber, não dirigir, de respeitar a sinalização e o limite de velocidade. Não é difícil encontrar motociclista utilizando celular preso ao capacete e ao ouvido. Se para o carro é perigoso, imagine para a motocicleta que precisa de equilíbrio e atenção”, relata o comandante do CpTran, capitão Fábio Machado.
Ranking dos acidentes com moto – 1º semestre 2015
Dados do Samu apontam que, até o momento, foram registrados no Huse 3.622 acidentes com moto e 96 acidentes com motonetas, um total de 3.718, sendo que 40% dos traumatismos cranianos no hospital são em decorrência dos acidentes de moto. Confira os cinco primeiros locais do Estado com maior número de acidentes:
Município de São Cristóvão: 97 acidentes
Bairro Santa Maria, em Aracaju: 81 acidentes
Bairro Santos Dumont, em Aracaju: 79 acidentes
Bairro Rosa Elze, em São Cristóvão: 69 acidentes
Bairro América, em Aracaju: 61 acidentes
Fotos: Fernanda Araujo/F5 News
Ele disse ser usuário de drogas, não ter família e viver nas ruas de Aracaju
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