Motociclistas estão entre as principais vítimas de acidentes com mortes
Nas rodovias do interior, maior número está entre condutores de carros e caminhões Cotidiano | Por Agência Sergipe 26/09/2023 11h55Decorrente das características das vias e dos veículos que circulam pelas ruas, avenidas e rodovias da capital, região metropolitana e interior do estado, é possível identificar também o perfil dos condutores que são vítimas de acidentes de trânsito fatais. Na capital, por exemplo, das 19 mortes registradas no trânsito durante todo ano passado, 12 foram de motociclistas, segundo dados da Companhia de Polícia de Trânsito (CPTran), autoridade policial estadual competente pela fiscalização de trânsito.
Em Sergipe, é preciso considerar pelo menos dois cenários distintos, que são referentes tanto à capital e Grande Aracaju quanto ao interior do estado, conforme explicou a soldado Rayanne Gois. “Na capital, fiscalizada pela CPTran, nós verificamos hoje que morrem muito mais motociclistas. Nas rodovias estaduais, verificamos que morrem muito mais condutores de veículos como carros pequenos e grandes, além de caminhões”, revelou.
Essa característica do perfil das mortes é observada pela CPTran como atrelada às características das próprias vias e do fluxo observado pelas autoridades de trânsito. “A velocidade permitida nas rodovias estaduais é muito maior, então nós não verificamos o grande trânsito de motocicletas, como na capital e região metropolitana”, observou.
Lesões fatais e perfis das vítimas
As mortes no trânsito apresentam lesões comuns entre os diversos casos, conforme revelou o diretor do Instituto Médico Legal (IML), Victor Barros. “Geralmente, as vítimas apresentam traumatismo cranioencefálico, que é quando ocorre uma pancada na região do crânio, assim como traumatismos abdominais, com o rompimento de órgãos como baço, fígado, rins, além de traumatismo torácico e fraturas de membros”, especificou.
No caso específico dos motociclistas, há uma alta incidência de mortes decorrentes de traumatismo cranioencefálico. “Também são muito comuns fraturas expostas, principalmente nos membros inferiores, que estão próximos ao chão. É muito comum receber corpos de pessoas com múltiplas fraturas expostas. Por isso, é importante o uso do capacete e de vestimenta apropriada”, complementou.