No Dia Mundial da Fotografia, conheça profissionais que atuam em Sergipe | F5 News - Sergipe Atualizado

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No Dia Mundial da Fotografia, conheça profissionais que atuam em Sergipe
Para o grupo, fotografia é arte, registro de memórias e fatos, além de um prazer
Cotidiano | Por F5 News 19/08/2023 17h32 - Atualizado em 19/08/2023 18h18


Você sabe porque o Dia Mundial da Fotografia é celebrado no dia 19 de agosto? Nessa data, no ano de 1839, o francês Louis Daguerre (1787 – 1851) apresentava sua invenção na Academia Francesa de Ciências, em Paris: o daguerreótipo, dispositivo que fixava uma imagem em uma placa de cobre revestida com prata. Estava ali o nascedouro da fotografia. 

A tecnologia criada por Daguerre foi substituída pela colotipia - processo fotomecânico de impressão utilizado em oficinas de artes gráficas -,  que chegou ao início do Século XX, quando surgiram as primeiras câmeras fotográficas, de funcionamento similar às ainda atuais. Conforme esses equipamentos foram se popularizando, a fotografia se estabelecia como uma forma de arte e expressão.

É a partir desse significado que Elisa Lemos realiza seus trabalhos como fotógrafa freelancer. A principal inspiração dela veio das aulas da jornalista Greice Schneider, professora do Curso de Comunicação da Universidade Federal de Sergipe (UFS).

“Além do meu pai e do meu avô que me apresentaram esse mundo, eu inicio citando Greice Schneider que é minha grande referência na comunicação aqui em Sergipe e que foi a pessoa que mais me incentivou a explorar a fotografia, o meu olhar e tudo o que eu podia fazer/comunicar com esse formato”, disse Elisa em entrevista ao F5 News.

"A fotografia pra mim é registro. É a arte de guardar memórias, lugares, pessoas e levar isso pra posterioridade. Mesmo com todas as novas abordagens que a tecnologia vem oferecendo, a foto ainda segue sendo um documento legítimo e extremamente importante. Para mim, é algo que veio de berço. Desde cedo meu pai mexia com fotos como forma de lembrar meu avô, que morreu cedo, e entendi a fotografia como registro ancestral que pode contar histórias para quem não pôde vivê-las", relata a fotógrafa.

O mesmo entusiasmo - e admiração - é compartilhado por Igor Matias. “Tudo começou quando a professora Greice Schneider me apresentou algumas referências e possibilidades narrativas tanto no fotojornalismo, quanto na fotografia documental.  A partir daí, meu interesse só foi aumentando”, contou ao portal.

Atualmente, Igor concilia o trabalho no governo do Estado com alguns trabalhos extras em outros campos da fotografia. Além disso, no fotojornalismo documental, ele atuou em coberturas colaborativas com o portal e página Mídia Ninja e desenvolveu um projeto fotocumental com os indígenas Kariri-Xocó da cidade de Porto Real do Colégio, em Alagoas.

“Nos trabalhos fotodocumentais, eu tento sempre associar a técnica fotográfica ao assunto fotografado. Ultimamente tenho usado bastante a fotografia em longa exposição como uma possibilidade de construção narrativa para potencializar o sentido/significado da narrativa visual que pretendo nos trabalhos. Foi assim no meu projeto Toré, Som Sagrado”, revelou o fotógrafo.

Experiente, Diógenes Di é da terceira geração de repórteres fotográficos. Segundo ele, muito mais do que registrar e capturar momentos, ser fotógrafo significa estar na linha de frente. “Eu tenho que estar na trincheira. Sou o primeiro homem na linha de combate e faço a captura. Tenho que estar onde ninguém quer chegar, onde não se pode chegar, a polícia proíbe, onde o político não quer que você chegue, eu estou junto ao povo”, afirmou em entrevista ao F5 News.

Para Di, a fotografia pode ser um agente transformador e melhorar a vida das pessoas. “Com meu trabalho eu vou moldando a sociedade. Você não muda um povo, você molda. Então, eu vou dando a informação com a imagem e vou documentando a história dos municípios, dos estados no Brasil e no mundo. Isso você faz de uma forma ética, profissional, respeitando o direito de todo ser humano”, disse ainda ao portal.

“A fotografia é algo que sempre me encantou”, conta Maria Odília, repórter fotográfica formada em Jornalismo pela UFS. “Eu queria ter a formação, porque acho que ajuda muito a questão de você estudar ética, ter o contato maior com informações que são necessárias”, completa.

“Foi muito bom, quando saio para as pautas tenho uma visão mais ampla, já imagino o que o(a) repórter que estou acompanhando pode precisar na matéria, dentro do seu contexto”, relata ainda ao F5 News. "Eu prevejo muitos registros, antes mesmo que a reportagem me peça, estou antenada. O trabalho de repórter fotográfico é muito em parceria, é estar em conexão, porque a imagem dá mais visibilidade ao texto, muitas vezes", avalia.

Maria Odília estagiou no jornal Cinform e iniciou sua vida profissional fazendo coberturas fotográficas para o Sesc e, pontualmente, para o Senac. Depois, foi repórter fotográfica da revista Sergipe Mais e trabalhou ainda por alguns anos no Jornal da Cidade e na Assembleia Legislativa. Desde 2015, atua na Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado de Educação (Seduc).

“O trabalho não é só um ofício, é algo que me dá prazer”, disse Maria Odília ao F5 News. “Quando pego o equipamento, posso até estar cansada, mas eu sigo, gosto do barulhinho, do clique da máquina”, completa.

Confira alguns trabalhos fotográficos dos entrevistados nesta matéria. Clique para ampliar e observe os créditos.

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Edição de texto: Monica Pinto
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