Durante o final de semana, 12 pessoas foram autuadas por embriaguez ao volante na capital sergipana, segundo dados da Companhia de Polícia de Trânsito (CPtran). Do total, três foram presas. 

CPTran/Ilustrativa

Os números demonstram o quanto as autuações de trânsito por embriaguez ao volante têm sido cada vez mais constantes, assim como os acidentes de trânsito provocados por condutores embriagados em Aracaju também vêm ocorrendo com mais frequência. 

Um dos casos aconteceu na sexta-feira à noite (4), por volta das 21h, quando um táxi colidiu com um veículo de passeio no bairro Santo Antônio. Ao ser submetido ao teste de bafômetro, o condutor do táxi apresentou resultado de 0,75mg/l de álcool, tendo que ser conduzido à delegacia por crime de embriaguez, já que a partir de 0,34mg/l o condutor deve receber voz de prisão. 

Apesar de a Lei Seca apresentar sanções duras para motoristas que bebem e dirigem, muitos estão desrespeitando as regras e colocando a própria vida e a vida de outras pessoas em risco. No mês de janeiro, segundo a CPTran, 70 condutores foram flagrados embriagados ou com sintomas de embriaguez em blitzes da Lei Seca realizadas na capital. 

Dirigir sob efeito de álcool é considerado uma infração gravíssima, segundo o Código de Trânsito Brasileiro. Nesses casos, normalmente, a multa é no valor de R$ 293,47. No entanto, o artigo 165 do Código de Trânsito determina o fator multiplicador de 10 vezes o valor da multa em casos de embriaguez, cuja finalidade é tornar a punição mais severa devido à gravidade da infração. Sendo assim, a multa para condutores embriagados é de R$ 2.923,47. 

Além disso, todos os 70 flagrados em janeiro tiveram as habilitações recolhidas para início do processo de suspensão da Carteira Nacional de Habilitação. 

Rodovias Estaduais

Motoristas embriagados também foram flagrados circulando nas estradas sergipanas durante o final de semana. Segundo o Batalhão de Polícia Rodoviária de Estadual (BPRv), foram três autuações referentes à Lei Seca, sendo um condutor preso, e outros dois tiveram como pena a CNH apreendida e aplicação da multa. 

Em um dos casos registrados nas rodovias no final de semana, o condutor se recusou a realizar o teste de bafômetro. Nessa circunstância, apesar da recusa, ele não deixa de sofrer as sanções. 

“Se a pessoa se recusa a fazer, tem a CNH apreendida. Se não tiver indício de embriaguez é feita a notificação e é encaminhado para o Detran. O veículo só é apreendido se estiver com o IPVA atrasado. Agora, se o condutor estiver com indícios de embriaguez, como fala engasgada, desorientado, odor etílico etc, é feito um termo de constatação de embriaguez e o condutor é encaminhado para a delegacia”, explica o tenente coronel Deny Ricardo Moraes, comandante do BPRv.

Ainda conforme a legislação, condutores que provocam acidentes de trânsito por embriaguez podem ser indiciados por homicídio culposo, tendo uma punição mais severa, podendo ser submetido à prisão de dois a cinco anos. 

“Misturar álcool e direção é extremamente perigoso. O condutor sob efeito de álcool tem a atenção reduzida, podendo assim causar acidentes graves”, destaca o coronel Deny. 

No mês de janeiro, em Aracaju, 14 acidentes foram registrados com vítimas, sendo os condutores envolvidos flagrados embriagados ou com sintomas de embriaguez.