Odonto: possíveis falhas no projeto de engenharia serão apuradas
Órgãos descartam excesso de peso como possível causa do acidente Cotidiano 09/10/2017 11h16 - Atualizado em 09/10/2017 14h12Por Fernanda Araujo
O Corpo de Bombeiros Militar de Sergipe e as Defesas Civis Estadual e Municipal apuram o que teria causado o desabamento de parte de um dos camarotes da Odonto Fantasy, na madrugada de domingo (8), na zona de expansão de Aracaju. Entre as hipóteses, os órgãos apontam instabilidade do terreno, corrosão da estrutura metálica ou erro na montagem da estrutura em desacordo com os critérios do projeto apresentado pela organização da festa.
Para as instituições, a superlotação de pessoas no camarote não teria sido a causa do rompimento. Segundo a Defesa Civil de Aracaju, conforme toda a documentação recolhida antecipadamente ao evento, a estrutura do palco e do camarote teria sido submetida ao teste de carga que é feito por um engenheiro contratado pela organização da festa. O teste consiste em simular que a estrutura tenha segurança para receber o público para qual foi dimensionada, neste caso de quase 3 mil pessoas, com capacidade de resistir a impactos e evitar colapso na sua capacidade máxima.
“O teste é submetido à força de 500 kg de carga a cada metro², é como se estivessem três pessoas em um metro² e essas três tivessem aproximadamente 200 kg. Isso sendo feito, a segurança é garantida. Por isso, a sobrecarga é algo improvável. Porém, a gente vai acionar o CREA para saber da competência dos engenheiros e se de fato o teste de carga foi realizado em toda a estrutura de palco e camarote”, disse o coronel Alexandre José, diretor da Defesa Civil Estadual.
Em coletiva nesta segunda-feira (9), a Defesa e o Corpo de Bombeiros afirmaram que anteriormente à festa toda a documentação pertinente ao evento foi exigida e entregue corretamente pela organização do evento, a exemplo da avaliação de risco, anotação de responsabilidade técnica, e o projeto de prevenção a incêndio e pânico, atendendo todas as exigências.
Constatado em vistoria, toda a estrutura foi testada por engenheiros técnicos responsáveis, montada no local conforme os projetos apresentados, em seguida, aprovada pelos órgãos. “A parte estrutural realmente é o que traz a possível causa, pode ter sido montada de forma tal que não garantiu naquele caso específico que o peso fosse assegurado. Pela experiência, com certeza tem algo relacionado ao projeto, por isso precisamos do CREA para aprofundar e ver como o projeto foi feito, dimensionado, calculado corretamente”, adianta o comandante do Bombeiros, coronel Erivaldo Mendes (ao lado).As análises dos órgãos serão levadas ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) para verificar ainda, através de exames laboratoriais, se as armaduras metálicas da estrutura continham ferrugem. “Se a sobrecarga não foi um fator preponderante para o rompimento, numa análise preliminar podemos dizer que houve um rompimento de uma ligação ou algum elemento estrutural se deformou e não atendeu ao esforço”, afirma o engenheiro José Roberto, da Defesa Civil do Estado.
“Ainda é prematuro para tirar conclusões, mas na primeira análise só foi verificado que a estrutura não suportou a carga que foi aplicada naquele momento. Por ser metálica, ela tem elasticidade, então não quebra de maneira abrupta, foi cedendo paulatinamente. Numa altura de 1.60 metros, se caísse de forma abrupta causaria mais danos”, completa o capitão Sílvio Prado (ao lado), coordenador da Defesa Civil de Aracaju.As causas do desabamento só devem ser reveladas após perícia que será concluída em até 30 dias.
Fotos: F5 News e Fernanda Araujo
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