Davi Barbosa está enfrentando uma situação delicada com sua filha Ana Cecília Barbosa, de apenas 1 ano e 2 meses, que está internada no Hospital da Criança desde a última quinta-feira(16), e está aguardando um leito de UTI para o seu bebê desde o último domingo (19). 

Acervo pessoal

As síndromes respiratórias virais, comuns nesta época do ano, têm levado vários pacientes às unidades hospitalares, sobrecarregando o atendimento pediátrico nos principais hospitais do estado. O F5 News conversou com ele para entender melhor a situação.

Ana Cecília foi diagnosticada com bronquiolite e pneumonia e está entubada, recebendo tratamento com antibióticos. "Hoje, dia 22/05, ela teve uma parada respiratória", conta Davi, evidenciando a gravidade do quadro clínico de sua filha.

A situação de espera por um leito de UTI tem gerado um sentimento de desespero na família de Davi. "É o pior sentimento que pude ter. Estamos desesperados, dias esperando e sem nenhum retorno". Procurando alternativas, Davi tentou encontrar vagas em outros hospitais. "Eu, de forma particular, procurei em todos os possíveis hospitais que tenham UTI e a resposta é a mesma... 'Não tem vagas'".

"Nossa rotina virou de cabeça para baixo. A Ana Cecília, que está entubada, tem uma irmã gêmea, Ana Rebeca, que está em casa. Precisamos mobilizar gente para ajudar. Eu tenho que trabalhar e mal estou conseguindo. Minha esposa vai para casa e sai com o coração dilacerado, mas precisa voltar para cuidar da Ana Rebeca", explicou Davi.

Davi Barbosa faz um apelo ao governador Fábio Mitidieri e às autoridades de saúde do estado."O Hospital da Criança se diz ser referência no Estado, mas infelizmente não está dando conta", disse o pai.

Davi também mencionou que o setor de estabilização, projetado para 7 leitos, atualmente conta com 9. Além disso, relatou que começou uma infiltração no leito 4.

Em relação ao número de pacientes em situações semelhantes, Davi observa: "Não consigo dar um número preciso, mas tenho certeza que são mais de cinco pacientes esperando vagas para UTI, quando não estão esperando para ser entubados e receber um tratamento."

Davi elogia o atendimento que sua filha tem recebido, apesar da superlotação. "Os profissionais têm sido muito cuidadosos, desde o médico até a enfermeira, da assistente social à psicóloga, fazendo às vezes o que não podem por falta de material de trabalho", afirma.

No entanto, ele ressalta a precariedade das condições físicas do hospital. "Falta equipamento, falta material, falta espaço para trabalhar, falta uma UTI. É um hospital com cinco entubados em uma sala de observação porque não tem UTI", explicou. 

O F5 News entrou em contato com a Secretaria de Saúde do estado para obter um posicionamento sobre a situação de Ana Cecília, mas até o momento não recebeu resposta. O portal permanece à disposição para quaisquer esclarecimentos futuros.