Pesquisa revela que quase 20% dos aracajuanos consomem doce em excesso | F5 News - Sergipe Atualizado

Pesquisa revela que quase 20% dos aracajuanos consomem doce em excesso
Médicos alertam para avanço de doenças crônicas, em especial diabetes
Cotidiano 08/04/2016 11h29


Da Redação

Uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira (8), pelo Ministério da Saúde, revelou que 18,4% da população de Aracaju (SE) consome doces em excesso. O índice está abaixo da médica nacional, segundo o estudo que alerta para riscos da alimentação rica em açúcar.

A pesquisa mostrou ainda que 9,5% dos aracajuanos costumam ter na mesa os refrigerantes. Os hábitos preocupam diante do avanço de doenças crônicas no país, em especial o diabetes. A doença atinge atualmente 7,1% da população adulta na capital sergipana.

O novo guia alimentar para os próximos cinco anos, divulgado em janeiro pelos Estados Unidos, recomenda a limitação do consumo de açúcar a menos de 10% das calorias diárias. Os açúcares não incluem os naturais, que se encontram nas frutas, mas apenas os que são acrescentados em alimentos e bebidas.

O vice-presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, João Eduardo Salles, desfaz o mito de que só os doces contribuem para o diabetes. “Não é o fato de comer doce que leva ao diabetes, é sim o fato de engordar e ser sedentário, independentemente de comer doce. Se está engordando, o risco de diabetes é maior”, ressaltou Salles, ao acrescentar que com a idade o risco aumenta. Quem tem muita gordura concentrada na barriga também deve ficar atento e fazer exames, pois este é outro fator de risco.

Segundo o especialista, o diabetes é uma das maiores causas de cegueira, de insuficiência renal, além de aumentar em até quatro vezes o risco de doenças cardiovasculares. “Quem se cuida não tem estas complicações”, frisou Salles.

Os alimentos são digeridos no intestino e parte deles se transforma em açúcar (glicose), que é enviada para o sangue para se transformar em energia. Só que para transformar a glicose em energia, o organismo precisa de insulina, uma substância produzida nas células do pâncreas. No diabético, a glicose não é bem aproveitada pelo organismo devido à falta ou insuficiência de insulina, o que causa o excesso de glicose no organismo, a hiperglicemia.

O diabetes tipo 1 ocorre quando o corpo não produz insulina, enquanto a do tipo 2 se dá nos casos em que há produção da insulina, mas em quantidade insuficiente ou quando ela não é processada pelo organismo de forma adequada.

Enquanto o diabetes é uma doença crônica sem cura, o pré-diabetes é um estágio anterior da doença em que ainda há como reverter o quadro. “[Isso] ocorre quando os níveis de açúcar no sangue já estão acima do considerado normal, mas a reversão do quadro ainda é possível, por meio de mudanças no estilo de vida, o que inclui adotar uma alimentação mais saudável, deixar de fumar e praticar exercícios físicos de forma regular”, explicou a gerente científica do Negócio Nutricional da Abbott, Patrícia Ruffo. Quem faz exames periódicos de glicemia pode constatar antes o pré-diabetes e se esforçar para reverter o caso e assim evitar a doença, que não tem cura.

Levantamento feito em parceria entre a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) e a Abbot, empresa de saúde global que conduz pesquisas e desenvolve produtos para a área, aponta que 45% da população não sabe que práticas como o controle de peso e exercícios regulares podem ser parte do controle tanto do pré-diabetes quanto do diabetes. “A falta de informação preocupa, já que o pré-diabetes é uma condição que permite a reversão do quadro a partir de medidas simples no cotidiano”, avaliou Patrícia.

Estudos da Associação Americana de Diabetes mostram que uma pessoa pode reduzir as chances de desenvolver o diabetes tipo 2 em 58% dos casos, ao perder 7% do seu peso corporal e fazer 30 minutos de atividades físicas diariamente. Enquanto isso, a pesquisa da SBD com a Abbott mostrou que a mudança de alimentação é o passo mais difícil de ser incorporado à rotina para 60% das pessoas entrevistadas, mas é também o mais importante para o controle da doença e do pré-diabetes, na opinião dos médicos.

Segundo João Eduardo Salles, o tratamento da doença é baseado em uma mudança de estilo de vida. “Perder peso, fazer exercício e comer adequadamente”, lista ele. Além disso, o uso correto e contínuo dos medicamentos é essencial, quando necessários. “A maioria das pessoa começa a tomar o remédio e para. Diabetes não tem cura, mas tem controle, mas as pessoas não podem deixar de tomar os medicamentos. Tem que tomar o medicamento a vida toda e ser acompanhado pelo médico a vida toda.”

*Com informações da Agência Brasil

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