Policiais rodoviários envolvidos no caso Genivaldo são ouvidos pela PF
Este é o quarto dia de depoimentos sobre o caso, que ganhou repercussão nacional Cotidiano | Por Ana Luísa Andrade 03/06/2022 12h30 - Atualizado em 04/06/2022 00h48Na manhã desta sexta-feira (3), quarto dia de depoimentos sobre o caso Genivaldo Santos, dois agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que assinaram o boletim de ocorrência da abordagem e subsequente assassinato estão sendo ouvidos pela Polícia Federal (PF) na sede do órgão. A PF investiga se há envolvimento deles no episódio, que ganhou repercussão nacional e além fronteiras.
Ao longo da semana, também foram ouvidos familiares de Genivaldo e testemunhas, funcionários da unidade de saúde para onde ele foi levado e comerciantes que trabalham próximo ao local onde ocorreu a abordagem.
O Ministério Público Federal (MPF) está acompanhando as investigações. Na última quinta-feira, representantes do MPF e da Ordem dos Advogados (OAB) em Sergipe discutiram o pedido da OAB-SE de que fosse decretada a prisão preventiva dos policiais. Entretanto, a procuradora-chefe do MPF em Sergipe, Eunice Dantas, alegou que o Ministério ainda ainda está analisando se há motivos para que o pedido seja atendido.
Genivaldo de Jesus Santos, 38 anos, morreu asfixiado dentro do portamalas de uma viatura da Polícia Rodoviária Federal durante abordagem na BR-101, no município de Umbaúba, interior de Sergipe. A PRF admitiu uso de gás lacrimogêneo e spray de pimenta durante a operação.
Genivaldo não tinha histórico de violência ou passagem pelo sistema prisional; estava desarmado, detido, sem apresentar qualquer risco aos agentes e fazia tratamento para esquizofrenia.