PRF intima testemunhas do caso Genivaldo a prestar novo depoimento
Em maio passado, o mesmo grupo já tinha sido ouvido pela Polícia Federal Cotidiano | Por Ana Luísa Andrade 27/07/2022 12h14 - Atualizado em 27/07/2022 12h24Dois meses após o assassinato de Genivaldo de Jesus Santos, cinco testemunhas do caso foram intimadas pela Polícia Rodoviária Federal a prestar novo depoimento. Dentre os convocados, estão familiares da vítima e outras pessoas que presenciaram a morte do homem detido por trafegar sem capacete.
As oitivas serão realizadas na delegacia da Polícia Civil de Sergipe em Umbaúba, município onde ocorreu o caso, na tarde desta quarta-feira (27).
A defesa da família chegou a questionar a necessidade desses novos depoimentos, visto que, ainda no mês de maio, as testemunhas já foram ouvidas pela Polícia Federal.
Relembre o caso
No dia 25 de maio deste ano, Genivaldo foi morto após ser abordado por agentes da PRF por pilotar uma moto sem capacete. Ele foi imobilizado e preso no porta-malas de uma viatura durante ação de alta truculência por parte dos policiais.
Nas imagens registradas e divulgadas por testemunhas, é possível observar que, após prender Genivaldo na viatura, os agentes jogam um dispositivo que emite fumaça dentro do porta-malas e continuam pressionando a porta, impedindo a saída da vítima. A PRF confirmou o uso de gás lacrimogênio durante a ação.
De acordo com o laudo do Instituto Médico Legal (IML) de Sergipe, Genivaldo morreu por asfixia mecânica e insuficiência respiratória aguda.
O caso ocorreu na BR 101, no município de Umbaúba, interior de Sergipe.
A vítima não apresentava nenhum tipo de perigo aos policiais, não estava armada, não tinha passagem pela polícia e fazia tratamento para esquizofrenia.