Nessa segunda-feira (21), o pró-reitor de Assuntos Estudantis da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Marcelo Mendes, se pronunciou durante a reunião do Conselho Universitário (Consu) sobre supostas irregularidades relacionadas ao Programa de Residência Universitária da UFS que vieram à tona na última semana.

De acordo com a UFS, a denúncia não se relaciona ao Programa de Residência, mas sim a um suposto procedimento irregular de Marcelo Mendes enquanto ele ainda era o diretor do Campus de Itabaiana. A denúncia foi feita de forma anônima junto ao Ministério Público Federal no dia 6 de junho passado e se refere a uma possível irregularidade praticada em maio de 2020.  Ainda não existe um inquérito sobre o assunto no MPF. 

"Esse foi o meu último dia de gestão como diretor do Campus Itabaiana, no qual naquele momento eu não tinha uma responsabilidade direta, sobretudo operacional, sobre as questões estudantis, embora acompanhasse como gestor.", iniciou Marcelo.

Segundo a denúncia, ele teria se aproveitado do cargo de diretor do Campus para praticar atos em benefício próprio, no caso em questão, alugar uma casa.

"Se aproximando do término do meu mandato, em plena pandemia, eu resolvi tomar uma decisão juntamente com minha esposa de me mudar de Itabaiana e voltar para Aracaju. Eu não vivo de aluguel. Está supostamente colocado que o funcionário público, neste caso eu, age de modo a beneficiar os interesses próprios praticando atos de ofícios indevidos. É como se eu tivesse utilizado a função de diretor do Campus para poder alugar uma casa", declarou.

"Se supostamente eu tive alguma vantagem, vamos ver o preço que foi praticado e se tinha um real a mais ou a menos. Vou aguardar o pronunciamento do Ministério Público Federal. E a partir do que ele disser, não está mais alugada. Era alugada em nome da minha esposa", concluiu. 

A UFS afirmou que foi notificada sobre o caso no dia 12 de julho pelo MPF. "A Universidade acompanha os desdobramento dos fatos e, se constatada alguma irregularidade, adotará novas medidas para garantir a manutenção da aplicação legal dos recursos", detalhou a Instituição em seu site oficial.