Professor adverte aluna por levar a filha para aula: "não paga mensalidade" | F5 News - Sergipe Atualizado

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Professor adverte aluna por levar a filha para aula: "não paga mensalidade"
O caso aconteceu na Unit, em Aracaju; instituição diz estar apurando os fatos
Cotidiano | Por F5 News 24/08/2023 09h50 - Atualizado em 24/08/2023 09h55


Uma reportagem publicada no G1 Bahia nessa quarta-feira (23), divulgou uma situação envolvendo um professor de medicina e uma estudante baiana do 8° período do curso, que estava com a filha de quatro meses na sala de aula. O caso teria ocorrido na Universidade Tiradentes, em Aracaju, na última quinta-feira (17).

De acordo com a mulher, que preferiu não ser identificada, durante a aula, o professor afirmou que a aluna não poderia participar da dinâmica acadêmica, pois a bebê “não pagava mensalidade” como os outros estudantes.

“A sensação que tive foi de impotência, sentei e continuei assistindo à aula, mas não aguentei e saí com minha filha para chorar”, disse a estudante ao G1 Bahia.

Ao sair da sala, a aluna encontrou dois colegas que ofereceram ajuda. Quando se acalmou, ela procurou auxílio na coordenação do curso. “A funcionária me chamou para dentro da sala, ofereceu água e deixou amamentar minha filha. Depois disse que, realmente, as normas não permitem que crianças fiquem na sala de aula”, disse ainda ao portal baiano.

A funcionária da universidade teria falado que conversaria com a coordenadora em busca da resolução do problema. Após um tempo, a estudante resolveu voltar para sala e dar continuidade à dinâmica. Porém, externou a chateação aos colegas e ao professor. 

“Falei que saí da sala de aula porque precisava chorar e que tinha ficado chateada com a forma que ele falou sobre minha filha não pagar mensalidade. Expliquei que eu pagava a mensalidade muito alta e não podia faltar porque não tinha com quem deixar minha filha”, afirmou ao G1 Bahia.

De acordo com as informações, o docente se desculpou e afirmou que a fala teria sido uma “piada”. A baiana afirmou que o mesmo teria dito: “Assim como sua filha é uma santa e não chora, o filho de Joãozinho poderia ser um capeta”, disse.

“Se ela começasse a chorar na sala de aula, eu seria a primeira a levantar e sair. Não permitiria que meus colegas fossem prejudicados”, contou a estudante.

Ainda durante a entrevista, a aluna disse que entrou em contato com o e-mail da coordenação do curso para saber se, em caráter de urgência, poderia levar a filha para sala de aula. A universidade teria respondido que enviaria uma resposta, mas até a manhã dessa quarta-feira (23), ela não tinha recebido a resposta.

O F5 News entrou em contato com a assessoria da Universidade para obter uma posição sobre o caso e recebeu a nota, cuja íntegra está a seguir:

"Diante do exposto, a Universidade Tiradentes (Unit) reafirma seu compromisso em cultivar um ambiente respeitoso e saudável para estudantes de todos os gêneros. Quanto aos eventos relatados, destacamos que estão sendo apurados. Cabe esclarecer que não há qualquer restrição à amamentação por parte de mães lactantes nos ambientes da Unit, sendo esse direito fundamental integralmente protegido. Isso é especialmente significativo diante do "Agosto Dourado", período que abraçamos com entusiasmo e que representa uma das várias bandeiras educacionais de conscientização que a Unit promove, acredita e apoia.

Adicionalmente, a Unit esclarece que a orientação é evitar a presença regular de crianças nas salas de aula com o intuito de garantir a saúde e segurança das crianças. Por ser um espaço de aprendizado e formação acadêmica, deve ser considerado ainda as complexas dinâmicas educacionais e interações sociais próprias do ambiente acadêmico. Discussões sensíveis ou controversas, frequentes em contextos universitários, por vezes podem não ser adequadas para crianças e podem impactar a experiência de aprendizado dos estudantes.

A Universidade Tiradentes reafirma seu compromisso inabalável em tratar todos os seus estudantes de forma igualitária, promovendo um ambiente de respeito à diversidade e repudiando categoricamente qualquer forma de discriminação".

Edição de texto: Monica Pinto
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