Profissionais de Educação Física discutem reforma do Ensino Médio | F5 News - Sergipe Atualizado

Profissionais de Educação Física discutem reforma do Ensino Médio
Cotidiano 28/03/2017 13h40 - Atualizado em 28/03/2017 15h13


Por Fernanda Araujo

As mudanças do currículo escolar do ensino médio têm causado incertezas aos profissionais da Educação Física em Sergipe. Com a proposta de reforma do Governo Federal, a Educação Física se torna disciplina obrigatória nos três anos do ensino médio que agora deve ser ampliado para o tempo integral.

No XVIII Encontro Estadual de Educação Física, aberto nesta terça-feira (28), em Aracaju (SE), profissionais da área discutem acerca da participação destes no âmbito escolar. Com a nova proposta, o currículo do ensino médio será definido pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), atualmente em elaboração.

“A BNCC nos preocupa por ser um documento que vai nortear o que vai acontecer com a educação brasileira porque versa do nível fundamental ao médio. Teve resistência sobre obrigatoriedade ou não da educação física, houve pressão forte do Conselho Nacional de Educação Física e conseguimos que ficasse como componente curricular obrigatório. Mas é preciso os profissionais legitimarem essa situação e mostrarem de fato a importância da educação física em todos os níveis de ensino”, ressalta o professor de Educação Física há 30 anos, Gladiston Lisboa de Menezes (foto).

Para o professor, para que seja implementado o ensino em tempo integral é necessário também garantir estrutura e melhorar as condições de trabalho dos profissionais. “A proposta é integralidade do ensino, vamos ver como isso vai acontecer dentro da escola, como a educação física vai se situar com as demais disciplinas”, diz.

Com a reforma do ensino médio, já se apontam impactos ao componente curricular também das universidades como um todo.

“Essa reforma tem nos dados sustos constantes, primeiro foi dito que a proposta era tirar a Educação Física do currículo, o que é um absurdo muito grande, aí voltaram atrás, e agora o tempo integral. O tempo integral requer atividades extra sala e a educação física é muito oportuna. Essa mudança de legislação vai impactar nesse dia a dia da sala de aula no ensino médio. Nós, como formadores profissionais, temos que estar alinhados para as mudanças curriculares necessárias”, afirma o diretor da Faculdade Maurício de Nassau, Marcos Vinícius Gava.

Para a diretora do Departamento de Educação Física da Secretaria de Estado da Educação, Maria Auxiliadora Pires, a nova proposta mexe com toda uma estrutura curricular das escolas.

“Nos anos anteriores, na legislação, o professor de educação física era facultado, agora com a nova lei ela diz que é obrigatório no ensino médio, mas não diz que é obrigatório no primeiro, segundo e terceiro ano. (A norma) É clara com matemática e português, mas com educação física não. A preocupação nossa é a diretriz que vem do Ministério da Educação e que vai nortear o sistema de ensino. É preciso reforçar os espaços dos professores da educação física”.  

Entenda

A medida provisória aprovada no Senado altera artigos da Lei do Fundeb, e da Lei nº 9.394/1996, que é a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), que só citava, em trechos diversos, português, matemática, artes, educação física, filosofia e sociologia como obrigatórias nos três anos do ensino médio. A versão inicial era retirar artes, educação física, filosofia e sociologia como ensino obrigatório, e incluir somente matemática, português e inglês. Os demais conteúdos a serem obrigatórios seriam definidos pela Base Nacional, ainda em debate. Porém, durante tramitação no Congresso, uma emenda recolocou as outras disciplinas como obrigatórias.

As escolas não serão obrigadas a oferecer aos alunos todas as cinco áreas (linguagem, matemática, ciências da natureza, ciências humanas e sociais, e formação técnico e profissional), mas deverão oferecer ao menos um dos itinerários formativos.

A carga horária será dividida: 60% ocupada obrigatoriamente por conteúdos comuns da BNCC, enquanto os demais 40% serão optativos, conforme a oferta da escola e interesse do aluno, mas também seguindo o que for determinado pela Base Nacional. No conteúdo optativo, o aluno poderá, caso haja a oferta, se concentrar em uma das cinco áreas.

 

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