Preocupados com as mudanças previstas para agências bancárias no interior de Sergipe, gestores, vereadores, secretários e representantes de 14 municípios participaram de um encontro realizado pela Federação dos Municípios do Estado de Sergipe (Fames) com o Banese nesta semana. O banco anunciou que as agências devem passar por uma reestruturação, transformando-se em pontos de atendimento eletrônico e presencial.

Foto: Fames

Segundo a Fames, prefeitos foram mobilizados com o objetivo de reverter a decisão que, segundo a entidade, afeta toda a população dos municípios inclusos na lista de readequação. São eles: Pirambu, Santo Amaro das Brotas, Rosário do Catete, Nossa Senhora de Aparecida, Malhador, Riachuelo, Areia Branca, Poço Verde, Siriri, Japoatã, Cristinápolis, Umbaúba, Indiaroba e Poço Redondo.

Em conversa com os gestores presentes na reunião informal, o presidente do Banese, Fernando Mota, discutiu o assunto e disse que os prefeitos ficassem tranquilos, pois trata-se de uma mudança que beneficia as cidades e assegura a continuidade no atendimento ao cidadão. 

“A iniciativa é uma tendência do sistema bancário. Inclusive dezenas de municípios no país estão aderindo a esta adequação, em que a população é atendida de forma presencial por equipamento de autoatendimento e in loco nos pontos Banese”, explicou. 

Mota avaliou que houve uma desinformação que gerou comentários negativos. “Comparecemos hoje aqui e ouvimos reclamações e ponderações dos gestores, e explicamos as razões pelas quais adotamos essa medida”, disse.

O presidente da Fames, Christiano Cavalcante, defendeu que o Banese precisa repensar a decisão e ouvir mais os prefeitos para que juntos tracem estratégias de fortalecimento entre a instituição bancária e os municípios. “Essa luta é de todos nós. O Banese é um banco importante para toda sociedade sergipana, e precisamos sempre agir em prol do fortalecimento. Acredito que o melhor caminho para se resolver qualquer coisa é através do diálogo”, pontuou. 

Presente na reunião, o prefeito de Areia Branca, Alan de Agripino, falou do impacto que será causado na população rural, caso a decisão seja concretizada. “Nos preocupa muito saber que nossa população será atingida por esta decisão. A tecnologia não chegou para todos, e temos uma área rural desprevenida e que apresenta pouco interesse pelos novos meios de realizar pagamentos e resolver as coisas do dia a dia, que dependem de uma pessoa presente no caixa bancário”, argumentou.

Próximo passo

Ao final do encontro, e após ouvir todos os gestores, o presidente do Banese marcou uma reunião com toda diretoria para o dia 6 de março, onde serão reavaliadas e estabelecidas opções de continuidade na medida em que os prefeitos se oferecerem a somar esforços.

“Com toda conversa, não iria, de forma nenhuma, rejeitar as propostas dos gestores. Vamos nos reunir para que a gente encontre uma solução definitiva”, afirmou Fernando Mota. 

*Com informações da Ascom Fames