O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, chegou à capital  sergipana por volta das 17h desta quarta-feira (16) em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB). Em dez dias, esta é a segunda vez que ele se dirige a Sergipe para tratar das manchas de petróleo que têm aparecido por toda a costa do Nordeste brasileiro deste o início de setembro.

Ainda não se sabe o objetivo desta segunda visita. A assessoria de imprensa do ministro informou apenas que ele seguiria direto do aeroporto para a Universidade Federal de Sergipe (UFS). Na semana passada, foi divulgada a informação de que um laudo feito pela instituição sergipana concluiu que o óleo que estava dentro de barris descobertos no litoral do estado é o mesmo das manchas de petróleo, contradizendo o laudo apresentado pela Marinha de que não se tratava do mesmo material.

Hoje em sua visita à UFS, ele confirmou "a hipótese de que este óleo dos barris tem, sim, relação com óleo encontrado nas diversas manchas encontradas no litoral que, portanto, dão mais uma condição, mais um elemento para a investigação que está sendo muito bem feita pela Marinha do Brasil sobre a origem desse fato que é o derramamento de óleo", disse Salles à imprensa. 

Ele prosseguiu afirmando que todos estão trabalhando em conjunto - " inclusive foi mencionado aqui pelo professor que os técnicos da Marinha colaboraram para com esse trabalho feito por ele aqui", prosseguiu, em alusão ao professor doutor Alberto Wisniewski Junior, do Grupo de Pesquisa em Petróleo e Energia da Biomassa (PEB), instituído no Departamento de Química da UFS.  

 "Não há divergência nem da metodologia, tampouco dos esforços aqui", disse o ministro, para quem o que existe é "uma somatória de capacidades de conhecimentos". Segundo ele, esse avanço propiciou um cenário a aprimorar a investigação  - "Quais são as condições que podemos avançar para determinar quem é o responsável pelo derramamento desse óleo venezuelano no litoral brasileiro". 

No início da manhã, Ricardo Salles sobrevoou áreas afetadas pelo óleo na Bahia e esteve reunido com autoridades ambientais e da Marinha do estado vizinho. Em mensagem no Twitter, o ministro disse que o sobrevoo visava "acompanhamento das manchas e equipes de recolhimento" e acrescentou que iria visitar também "outras localidades".

(Atualizada para acréscimo de informações)