Pacientes que testaram positivo para malária seguem em observação
Uma mulher está internada e o outro doente permanece em isolamento domiciliar Cotidiano | Por F5 News 10/08/2022 17h17Os pacientes que testaram positivo para a malária em Sergipe continuam sob observação. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Aracaju, ambos os quadros são estáveis. Uma mulher continua internada em um hospital particular da capital e o segundo caso está sendo mantido em isolamento domiciliar.
Anualmente, Sergipe registra uma média de dois casos de malária, segundo informou o diretor de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Marco Aurélio Góes. A série histórica que teve início em 2007 mostra que daquele ano até este 2022 foram notificados 99 casos suspeitos de malária, sendo confirmados 28 e descartados 71.
O ano de 2011 mostra uma exceção, quando foram contabilizados 16 casos suspeitos, sendo confirmados oito.
“Aquele foi um ano em que muitos trabalhadores do Brasil estiveram a serviço de grandes construtoras no Continente africano”, recordou Marco Aurélio.
Segundo o diretor de Vigilância em Saúde, a malária no Brasil está localizada na Região Amazônica, mas cabe aos estados que se situam nas áreas extra-amazônicas, inclusive Sergipe, ficar em alerta para a detecção dos casos, que chegam ao Estado em pessoas a passeio ou a trabalho e que estiveram na região Amazônica ou am países do Continente africano.
“Trabalhamos na lógica do diagnóstico e tratamento oportunos. Ou seja, a presença de sintomas (febre, cefaléia, calafrios), mesmos que leves, deve ser valorizada em pessoas que vêm de uma área endêmica, e o profissional de saúde deve imediatamente colher o exame para identificar um possível caso”, informou Marco Aurélio,
Ainda de acordo com o diretor, Sergipe não é uma área de transmissão da malária, por ser uma doença de notificação compulsória imediata, portanto, todo caso suspeito deve ser notificado às autoridades. Quando o caso é confirmado, inicia-se o tratamento e faz-se o acompanhamento até a comprovação da cura.
Os casos de malária podem ter gravidades variáveis, como os que se têm no momento em Sergipe, com um paciente internado e outro em tratamento domiciliar, já que não evoluiu para complicações.
A doença não é transmitida de pessoa para pessoa, mas pelo mosquito Anopheles, vetor que não está presente em Sergipe, como enfatiza o diretor de Vigilância em Saúde.
No entanto, segundo ele, a partir da confirmação de um caso, o município deve realizar uma investigação de campo, para verificar se há a presença do vetor nas proximidades do domicílio do paciente e, havendo a presença, realizar o controle através de estratégias de manejo ambiental e/ou controle químico.
Porém, ele informou que na recente série histórica não tem sido detectada a ocorrência do mosquito em Sergipe.
Marco Aurélio ressaltou que o grande alerta que a Secretaria de Estado da Saúde tem feito sempre para os municípios e os serviços de Saúde é que eles precisam estar atentos à história do paciente, sempre valorizar a história de quem vem de uma área de transmissão da malária, já que a doença pode se parecer com outras, principalmente a dengue e a chikungunya, especialmente por causa da febre alta e dores de cabeça e no corpo.
“É importante lembrar que a malária é uma doença que tem tratamento, mas só a comprovação com exames que indicará qual tratamento deverá ser feito. A Secretaria de Estado da Saúde tem tratamento para todas as formas da doença e, uma vez acionada, a medicação é entregue, seja ao setor público ou privado”, disse o diretor.
Com informações da SES e SMS