Sejuc investiga motivos da rebelião no Compajaf | F5 News - Sergipe Atualizado

Sejuc investiga motivos da rebelião no Compajaf
Cotidiano 23/10/2017 11h15 - Atualizado em 23/10/2017 11h22


Por Saullo Hipolito*

Em coletiva na manhã desta segunda-feira (23), o secretário da Justiça, Cristiano Barreto, falou sobre a rebelião que ocorreu no final de semana no Complexo Penitenciário Antônio Jacinto Filho (Compajaf), no bairro Santa Maria, zona Sul de Aracaju.  

Segundo ele, os detentos fizeram uso de vergalhões dos bancos quebrados no local para iniciar o motim, cujas motivações estão em fase inicial de apuração.

“A informação inicial é que a rebelião teria sido provocada pelo impedimento da entrada de entorpecentes e drogas ilícitas na unidade e ainda uma insatisfação por supostas revistas vexatória. Não acreditamos que isso esteja ocorrendo, até porque, no mês de agosto, foi instalado na unidade um equipamento de última geração: o scanner corporal, que impossibilita a realização de revistas vexatórias”, disse.

Durante a manifestação, ainda de acordo com o secretário, foi mantida a comunicação com os familiares, orientando-os a levar todas as questões de inconformismo à Corregedoria do Sistema Prisional.

“O grande êxito da operação ficou por conta da coordenação da contenção da PM, do coronel Chaves, que foi o negociador da ação e de todos os que participaram. Não tivemos uma vítima fatal, só tivemos alguns incidentes, como o próprio servidor que acabou sendo atingido inicialmente”, afirmou o secretário.

Rebelião

De acordo com o coronel da Polícia Militar na capital, Vivaldy Cabral, o motim foi iniciado na tarde da sexta-feira (20), no concentrado no Pavilhão C da penitenciária, envolvendo 80 detentos. Os internos pediram a presença da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/SE) como condição para encerrar a rebelião.

Ainda segundo o coronel, 23 familiares que estavam sendo mantidos como reféns, a maioria mulheres e crianças, foram liberados pelos presos por volta de uma hora da madrugada do sábado (21). Os outros 70 parentes foram impedidos de sair até o meio da manhã.

Durante o tumulto, o vice-presidente do Compajaf foi atingido por uma pedrada no rosto e socorrido por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Já na área externa, uma mulher sofreu queimaduras em 35% do corpo após tentar atear fogo em pneus como forma de protesto. Ele foi levada para o Hospital de Urgências de Sergipe (Huse).

A rebelião chegou ao fim por volta das 10 horas da manhã de sábado, após 19 horas de negociações, com a liberação dos reféns.

Após o fim da perícia, o relatório será encaminhado à Vara de Execuções Penais, para que o juiz determine os procedimentos legais.

* Estagiário sob supervisão da jornalista Fernanda Araújo

Fotos: Carol Matias

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