Sem acordo, médicos de Aracaju continuam em greve
Movimento grevista já dura mais de dois meses Cotidiano 28/03/2017 15h23 - Atualizado em 29/03/2017 07h31Por F5 News
A greve dos médicos da rede municipal de Aracaju (SE) completa 67 dias e ao que tudo indica está longe de acabar. A categoria segue frustrada depois de mais uma reunião onde o prefeito Edvaldo Nogueira não apareceu. E segundo o Sindicato dos Médicos de Sergipe (Sindimed), a reunião marcada para esta terça-feira (28), terminou antes mesmo de começar. Isso porque foram apenas vinte e dois minutos de discussão para se dizer o que já foi dito antes: não tem negociação.
Segundo o presidente do Sindimed, João Augusto Oliveira, a reunião de negociação, na sede da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), foi marcada pelo próprio prefeito Edvaldo Nogueira, por telefone, na última quarta-feira (22). “Ele não apareceu e mandou que o secretário da Fazenda Jeferson Passos junto com o secretário André Sotero falassem para os médicos o que eles já sabiam, ou seja, que não há possibilidade de nenhuma mudança em torno do posicionamento da prefeitura; em tese, não foi feito nenhum acordo e o impasse continua”, lamentou.
Sem nenhuma novidade, os representantes do Sindimed e os demais médicos que estavam presentes ainda insistiram na reunião de negociação, mas foram rebatidos pelo secretário Jefferson Passos, que essa era uma posição do Governo e não teria mais o que mudar. "Nós tentamos até manter um diálogo, mas é lamentável a postura de irredutibilidade que a Prefeitura continua tendo. São dois meses e sete dias em greve e esperávamos que tudo isto fosse ser resolvido nessa reunião, ou que pelo menos pudéssemos negociar, mas não aconteceu", diz João Augusto.
Ameaças
O Sindimed afirma ainda que os médicos foram ameaçados pelo secretário de Finanças, com a suspensão de acordos já feitos com a Prefeitura como, por exemplo, a reorganização do trabalho médico. “Isso é jogar muito baixo, e quem perde com isso é só a sociedade”, disse o presidente.
Pedido de Ilegalidade
A prefeitura ingressou com uma Ação pedindo a ilegalidade da greve, mas o Tribunal de Justiça notificou o Sindicato para que pudesse se manifestar antes de apreciar a matéria. “A prefeitura agiu de má fé e no dia 16 entrou com o pedido de ilegalidade, mas perdeu o primeiro round. Isso porque, pela primeira vez em nosso estado, um desembargador quis ouvir os grevistas antes da decisão”, comemorou Oliveira.
Para André Sotero, o resultado da reunião foi frustrante porque, mais uma vez, os médicos não deram ouvidos ao apelo da Prefeitura de Aracaju. “Novamente, nos reunimos com o Sindicato dos Médicos sob a perspectiva de pormos um fim à greve, mas a categoria não chegou com o espírito de negociar, de conversar e ouvir. Os médicos querem um tratamento diferenciado, especial, o que não podemos aceitar, porque seria um desrespeito com os demais servidores. Lembramos que todas as demais categorias de trabalhadores da Saúde aceitaram o pagamento de dezembro como o prefeito Edvaldo Nogueira propôs e retornaram ao trabalho logo depois de liberado a operação especial de crédito. Por isso, não compreendemos a intransigência dos médicos”, lamentou.
Assembleia
Os médicos de Aracaju voltam a se reunir em assembleia, nesta quarta-feira (29), às 8h na sede do Sindicato dos Médicos para que a categoria possa deliberar pelos novos rumos do movimento.
*Com informações e fotos do Sindimed
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