A sétima etapa da Fiscalização Preventiva Integrada da Bacia do São Francisco, a qual envolve 30 instituições, incluindo a Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Sustentabilidade e Ações Climáticas (Semac), promoveu nesta quarta-feira, 27, uma ação de conscientização ambiental para moradores de comunidades quilombolas no Refúgio de Vida Silvestre Mata do Junco, localizado no município de Capela. A programação contou com bate-papo sobre a importância das unidades de conservação e uma imersão ao contexto das Bacias Hidrográficas com a trilha interpretativa ‘Caminho das Águas’.

Semac / reprodução

De acordo com a secretária da Semac, Deborah Dias, além de fortalecer a relação sociedade-meio ambiente, a atividade também é uma forma de promover uma escuta ativa acerca dos anseios das comunidades. “É sempre bom estarmos com as comunidades que rodeiam toda a unidade de conservação estadual. É assim, por meio deste contanto, que a gente consegue receber as demandas e necessidades de cada grupo comunitário e de cada território. Esse é objetivo desse encontro, que está dentro da programação do FPI, uma fiscalização importantíssima e que atua em várias frentes”, disse. 

Coordenada pelos Ministérios Públicos Estadual, Federal e do Trabalho, e pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), a FPI conta com a atuação de quase 200 profissionais na fiscalização de desmatamento, captação e abastecimento irregulares de água, esgotamento sanitário, gerenciamento de resíduos sólidos, extração irregular de minérios, comércio de animais silvestres, abate ilegal de animais, pesca predatória e prejuízo aos patrimônios ambiental, histórico e cultural.

Acompanhando as atividades, o promotor de Justiça e diretor do Centro de Apoio Operacional de Proteção ao Rio São Francisco e as Nascentes (CAOpSFN) do MPESE, Sandro Luiz da Costa, reforçou a importância da FPI. “Nós estamos realizando a sétima Fiscalização Preventiva Integrada, que reúne 30 órgãos e entidades civis parceiras, para realizar essas ações de diagnóstico, educação ambiental e fiscalização nos municípios da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco. Nesse sentido, a gente tem que registrar que é a primeira vez que uma secretária de Estado do Meio Ambiente vem participar de um evento deste, demonstrando, efetivamente para todos nós, a sua preocupação com essa questão”. 

Durante ação educativa realizada no RVS Mata do Junco, as comunidades puderam navegar, de forma simbólica, sobre as águas sergipanas, conhecendo a diversidade da fauna e da flora, todo o ecossistema presente nesse caminho, além das alterações negativas causadas pelo homem e que afetam diretamente o meio ambiente. Na avaliação de Patrícia de Freitas, da Terra Dura Coqueiral, localizada em Capela, a ação foi muito proveitosa. “É uma atividade que faz a gente ter ciência do que pode ou não fazer. A nossa comunidade ficou muito feliz pelo convite e por estar aqui”, frisou.  

Quem também elogiou a iniciativa foi Saralvo Oliveira, da comunidade quilombola Canta-Galo, em Capela. Para ele, a atividade promove o fortalecimento da cooperação entre sociedade civil e demais instituições. “Nós, como grandes defensores e preservadores do meio ambiente, estamos aqui para aprender mais, colaborar e também contribuir com melhorias para nossa fauna e flora”, concluiu.