O principal índice que mediu a qualidade da educação brasileira foi divulgado nesta sexta-feira (16). A Secretaria de Educação (Seduc) de Sergipe divulgou os avanços da área de uma nota de 4,9, em 2017, para 5,2 em 2021. Contudo, o estado ainda ocupa a 22ª posição no ranking nacional da educação básica nos anos iniciais.

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) é o principal indicador do ensino no país, principalmente nos primeiros anos, pois no geral mensura as competências dos estudantes em matemática e português, aliadas às taxas de aprovação/abandono desses alunos nos anos escolares. 

É importante lembrar que foram dois anos sem a divulgação dos dados do índice, por conta da pandemia da Covid-19, que afetou os sistemas de ensino em escala global.

Mas de acordo com os dados nacionais, Sergipe está na 22ª posição, com um Ideb de 5,2. A título de comparação, o pior estado, que é o Rio Grande do Norte, teve apenas 5 e o melhor, Santa Catarina, obteve 6,5. 

A média nacional é de 5,8 desde 2017, mostrando que não houve uma melhora relevante estatisticamente no Brasil.

Em Sergipe, por outro lado, os números atestam um aumento de 6% no índice. Para os anos finais do ensino fundamental, o estado apresentou uma melhora significativa, de 23%, saindo de 3,9, em 2017, para 4,8 em 2021. 

Avanço em 10 posições

Um dos pontos a serem destacados é o crescimento expressivo da rede estadual no Ensino Médio: saltando da 22ª posição (Ideb 3,1 em 2017) para a 12º (Ideb 3,9 em 2021) entre os estados brasileiros, significando um crescimento de 26%.

Registre-se que o ensino médio é de competência dos poderes públicos estadual e federal. Por sua vez, o ensino fundamental, que apresentou as piores notas, na maior parte fica sob responsabilidade das gestões municipais.

O secretário de Educação de Sergipe, Josué Modesto, apontou que um dos principais motivos de melhora é o investimento na área, que permite a adoção de programas como o Alfabetizar Para Valer, que busca manter o resgatar a capacidade de leitura na idade certa.

Perguntado pelo F5 News sobre a adoção de políticas de Estado que não estejam sujeitas à alteração de comando, haja vista as eleições que se aproximam, Modesto afirmou que Sergipe já adota medidas independentes de quem esteja à frente do Executivo estadual. 

“Política de Estado foi a opção do governo desde o início. O governador não era obrigado a usar o método de selecionar diretores, mas optou por isso”, disse o secretário, sobre a seleção dos dirigentes escolares com base em seus méritos e não mais em indicações políticas, como era frequente.

Além disso, Modesto aproveitou para dizer que espera que as políticas em vigor não sejam alteradas pela mudança de gestão num futuro breve, visto que o atual governador Belivaldo Chagas (PSD) está em final de mandato.  

O secretário de Educação aproveitou para divulgar que, no começo do ano de 2023, a Seduc disponibilizará os dados de 2022, que estarão disponíveis para a construção de políticas públicas em Sergipe.