Sergipe é considerado nova fronteira petrolífera,mas falta investimento | F5 News - Sergipe Atualizado

Sergipe é considerado nova fronteira petrolífera,mas falta investimento
Empresas que venceram leilões de 2004 ainda não começaram a atuar
Cotidiano 03/08/2015 18h09


Da Redação

O governador de Sergipe, Jackson Barreto, recebeu a diretora-geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Magda Chambriard, nesta segunda-feira (3), para discutir a 13ª Rodada de Licitações da Agência prevista para ocorrer em 7 de outubro deste ano.

A parte marítima da bacia Sergipe-Alagoas terá oferta de dez blocos em águas profundas e ultraprofundas ( lâmina d’água superior a 400m), sendo cinco em frente ao litoral sergipano e cinco em frente ao litoral alagoano, totalizando uma área de 7.403,92 km².

O bônus de assinatura mínimo (valor a ser oferecido pelas empresas durante a rodada) exigido para esses blocos varia de R$ 18,85 milhões a R$ 73,96 milhões. A área em oferta na bacia de Sergipe-Alagoas é considerada como “nova fronteira”, ou seja, ainda pouco conhecida geologicamente ou com barreiras tecnológicas e de conhecimento a serem vencidas.

O governador cobrou um maior diálogo com os empresários vencedores dos leilões, com o intuito de estabelecer prazos para exploração e um maior contato no direcionamento conjunto do fluxo de investimentos. 

“Preocupa-me as expectativas geradas na população a partir desses investimentos, porque o último leilão ocorreu em 2004 e as empresas vencedoras ainda não iniciaram a exploração. O que pedimos é que essas empresas, que participam destes negócios, busquem fazer uma sintonia com a economia local do estado contemplando, assim, a nossa cadeia produtiva e que ao vencer o leilão procurem colocar em execução os investimentos. Fico preocupado com a atuação das empresas, por isso cobramos mais critérios e a estipulação de prazos”, afirmou Jackson.

Segundo a diretora-geral da ANP, Sergipe tem um grande potencial exploratório e o seu óleo no mar é leve, mais valioso, por isso é bem possível que uma empresa grande com portfólio de investimento se interesse pela área de exploração do estado. “Essa área é o que temos de melhor nessa licitação. É necessária uma empresa de grande porte, que tenha fluxo de caixa disponível para aceitar o desafio. Apostamos na produção de petróleo de Sergipe. Após a licitação, assinamos o contrato, em dezembro, e em janeiro as empresas já podem começar.”.

A ANP estuda continuamente as bacias de sedimentação do Brasil e a licitação é o momento de outorga da atividade exploratória. A licitação permite que as empresas vencedoras do leilão passem a explorar a área.

O acordo estipula que as empresas se comprometam com a PEM (Programa Exploratório Mínimo), para tanto, são realizados estudos e análises da área para detecção de petróleo e gás.

A empresa tem um período para realização dessas análises, o chamado período exploratório, que em águas profundas, como no caso da bacia Sergipe-Alagoas, é em torno de dez anos. A partir de então poderá ser declarada comercialidade.

No período exploratório, a empresa também se compromete a comprar bens e serviços fabricados no Brasil, o que também gera renda e oportunidades de outros investimentos nas regiões de exploração.

“O que nós estamos fazendo é repondo para Sergipe a sua atividade exploratória, garantindo a continuidade da exploração de petróleo e gás no estado e a manutenção de toda uma indústria que está aqui instalada e a manutenção de expertise, porque, afinal de contas, Sergipe produz petróleo há mais de 50 anos”, observou Magda Chambriard.

De acordo com o economista e assessor do Governo, Oliveira Júnior, a ANP confirma a perspectiva positiva anunciada para Sergipe no cenário petrolífero mundial. “Mais uma vez se ratifica aquilo que os últimos estudos da Petrobras já tinham mostrado, que a costa de Sergipe é um local riquíssimo para a exploração de petróleo e do gás natural. Então, o leilão abre a oportunidade de entrar novos atores nesse mercado e isso cria um potencial para o estado de Sergipe, que ainda que vá demorar uma década para se revelar, será justamente nesta década preparatória que se fazem os investimentos principais para produção futura”, comentou.

13ª Rodada

Prevista para 7 de outubro , a 13ª Rodada ofertará 266 blocos exploratórios, totalizando uma área de 125.034,09 km², incluindo áreas em bacias de elevado potencial, bacias de nova fronteira e bacias maduras, que se apresentam como oportunidades para grandes, médias e pequenas empresas. A Rodada foi autorizada pela Resolução CNPE 01/2015.

Do total de blocos, 182 são localizados nas bacias terrestres do Amazonas, Parnaíba, Recôncavo e Potiguar e 84 nas bacias marítimas de Sergipe-Alagoas, Jacuípe, Espírito Santo, Campos, Camamu-Almada e Pelotas.

Em maio, a bacia Sergipe-Alagoas produziu em média 40.018 barris de petróleo por dia e 4,54 milhões de metros cúbicos de gás natural a partir de 32 campos produtores operados por, EPG, Guto e Cacal, Petrobras, Petrogal, Petrosynergy, Severo Villares e UP Petróleo Brasil.

As empresas interessadas no leilão têm até 11 de agosto para se manifestar. Segundo a diretora-geral da ANP, 23 empresas já estão inscritas para o leilão.  “O Brasil tem toda a chance de dobrar e até mais que dobrar sua produção em um futuro recente, claro que o tempo depende dos investimentos”, concluiu Magda Chambriard.

*Com informações da ASN

Foto 1: Elisângela Valença/F5 News

Foto 2: Marcelle Cristinne/ASN

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