Por Fernanda Araujo

Sergipe é o estado do Nordeste que menos pagou indenizações do DPVAT

Mais de 22 mil famílias receberam indenizações do DPVAT (Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres) no primeiro semestre do ano, em razão de mortes ocorridas em acidentes de trânsito no Brasil. Em 2014, foram 25.181 famílias. O número caiu 11% se comparado ao mesmo período do ano passado. O prazo para solicitar o DPVAT é de três anos.

Sergipe está em primeiro lugar no ranking das regiões do Nordeste que menos pagou indenizações por morte ou invalidez. De janeiro a junho de 2015, foram 210 famílias (3,25%), já no mesmo período do ano passado o número chegou a 310 – uma queda de 32,26%. Os números de indenizações no Estado representam 0,93% de todo o país e 3,25% da região.

Em 2013, indenizações foram pagas por morte a 376 famílias no Estado, comparado ao ano passado houve queda de 17,55%.

O primeiro no ranking que mais pagou é o Estado da Bahia, com 1.476 famílias indenizadas este ano no primeiro semestre, - 7,34% em relação ao mesmo período do ano passado. O estado representa 22,87% de indenizações por morte na região e 6,59% em todo o país. Em segundo lugar vem o Ceará com 1.139 famílias indenizadas, -18,93%, em relação a 2014; em terceiro Pernambuco com 935 famílias indenizadas, -14,22% comparado a 2014.

No primeiro semestre de 2015, o Nordeste concentrou a segunda maior incidência (29%), porém com maior participação das motocicletas, que representaram 61% das indenizações por morte na região. As motocicletas representam 44% da frota de veículos da região. O Sudeste concentra a primeira maior incidência (36%), em terceiro o Sul (16%), Centro-Oeste (11%) e, em seguida, o Norte (8%).

Perigo em duas rodas

Em todo o país, os motociclistas foram as maiores vítimas que receberam seguro por morte e invalidez permanente (73%). Em segundo lugar foi o passageiro com 16% e terceiro pedestre com 11%. O Nordeste concentrou 41% das indenizações, sendo o Sudeste com 26%, Sul 13%, Norte 11% e Centro-Oeste com 9%. A maioria das vítimas (mais de 214 mil pessoas –  82%) ficou inválida e precisou receber o seguro. As despesas médicas representaram 14%, já morte 4%, em torno de 10 mil pessoas.

Apesar de representar apenas 27% da frota nacional, a motocicleta concentrou 76% das indenizações no país no primeiro semestre deste ano. Das indenizações pagas no período, 82% foram para Invalidez Permanente e apenas 4% para Morte.

Outro ponto crítico é que a maioria das vítimas por morte ou invalidez causadas por acidente de motocicleta e demais veículos são homens, entre 25 a 34 anos.

Assim como este ano, a motocicleta foi o veículo com o maior número de indenizações no primeiro semestre de 2014. Bem como os homens de faixa etária entre 18 e 34 anos, representando 52% do total das indenizações pagas.

Diante dessa realidade, a Secretaria de Estado da Saúde de Sergipe, o Detran, Samu, entre outros órgãos, realizam a campanha Motociclista Vivo, com o objetivo de conscientizar os motociclistas de Aracaju por um trânsito mais seguro e sem acidentes. Sergipe ocupa 3ª posição no ranking de mortes por acidente de moto e gasta, em média, R$ 120 mil dos cofres públicos.

Fotos: arquivo F5 News

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