Sergipe está fora da lista de estados com distribuição de cervejas Backer
Quatro mortes por intoxicação após o consumo dessa marca foram confirmadas Cotidiano | Por F5 News 18/01/2020 11h46Sergipe está fora da lista dos 10 estados brasileiros, além do Distrito Federal, que possuem distribuidores dos rótulos da cervejaria mineira Backer, alvos de suspeitas de contaminação por uma substância tóxica, responsável pela morte de quatro pessoas.
No Nordeste, apenas quatro estados (Bahia, Rio Grande do Norte, Piauí e Maranhão) têm distribuidores dos produtos da Backer. Os demais que distribuem as cervejas da marca são: Goiás, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo, segundo a lista de fornecedores da empresa.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) interditou todas as cervejas produzidas pela Backer cuja data de validade seja igual ou posterior a agosto de 2020. A decisão foi tomada após os resultados laboratoriais divulgados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento revelarem a presença das substâncias dietilenoglicol e monoetilenoglicol em seis outras marcas de cervejas produzidas pela Backer, além da marca Belorizontina.
Quatro mortes por intoxicação após o consumo da cerveja foram confirmadas. Mais 14 pessoas estão internadas. Segundo a Anvisa, exames podem mostrar que a fonte de contaminação nas cervejas da marca pode ser sistêmica e não apenas pontual. Considerando que outros lotes de produtos da Backer podem estar comprometidos, a agência decidiu pela medida, em caráter cautelar.
Assim, os lotes de cerveja da empresa Backer com validade igual ou posterior a agosto de 2020 não podem ser entregues ao consumidor. A orientação é para que estas cervejas não sejam consumidas caso já tenham sido adquiridas. Os comerciantes devem retirar o produto das prateleiras. No início da semana, o Ministério da Agricultura já havia determinado o recolhimento de todas as cervejas da Backer.
O dietilenoglicol é uma substância tóxica e que não pode entrar em contato com alimentos e bebidas. A presença da substância na cerveja está associada à ocorrência de óbitos e intoxicações em Minas Gerais. O monoetilenoglicol, embora de menor toxicidade, também tem a presença em bebidas vedada por não fazer parte da composição destas.
O monoetilenoglicol é usado para refrigerar a água usada no preparo da cerveja, mas não deve entrar em contato direto com ela. A Polícia Civil de Minas Gerais e o Ministério da Agricultura investigam como a contaminação ocorreu.
*Com Agência Brasil