Sergipe registra mais de 830 casos e quase 50 mortes por tuberculose em 2018 | F5 News - Sergipe Atualizado

Sergipe registra mais de 830 casos e quase 50 mortes por tuberculose em 2018
Este ano já foram registrados 131 novos casos da doença em todo estado
Cotidiano | Por F5 News 22/03/2019 15h57 - Atualizado em 22/03/2019 16h54


Em 2018 o estado de Sergipe registrou 834 novos casos de tuberculose. O número é maior do que o quantitativo de 2017, quando foram 714 registros da doença. Os números foram divulgados nesta sexta-feira (22), em um panorama elaborado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde. Este ano, já foram registrados 131 novos casos em todo o estado.

De acordo com a SES, a tuberculose está presente em todo o território sergipano, porém os casos mais graves se concentram nas áreas metropolitanas, sendo os municípios de Aracaju e São Cristóvão os que possuem mais registros - 240 e 132, respectivamente. Em seguida aparece Nossa Senhora do Socorro com 85, Itabaiana com 36, Lagarto com 30 casos, Estância com 25 registros, Tobias Barreto soma 21, Propriá, 17, Simão Dias com 14, Laranjeiras aparece com 11 e Barra dos Coqueiros, Cristinápolis e Itaporanga d’Ajuda registraram 10 casos. Os demais municípios estão abaixo de 10.

A doença pode afetar pessoas em qualquer faixa etária, mas o maior índice de ocorrência está entre jovens entre 15 e 24 anos, com 206 casos novos em 2018. As idades de 25 a 34 anos tiveram, de acordo com o Sinan, 186 registros, de 35 a 44, 173 e de 45 a 54 anos, 123 pessoas tiveram tuberculose.

Óbitos

Conforme informações da Diretoria de Vigilância em Saúde da SES, apesar de a tuberculose ser uma doença que tem cura e o tratamento ser oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), ainda existem muitos óbitos.

Entre os casos novos, nos últimos cinco anos 235 pessoas morreram. Em 2018, dos 836 casos novos registrados, 47 foram a óbito.

De acordo com a diretora de Vigilância e Saúde, Mércia Feitosa, a principal ação trabalhada, tanto com a população como com os profissionais de saúde, é a identificação precoce do caso.

“Quanto mais cedo for descoberto, melhor será o tratamento, aumentando a chance de cura e diminuindo a transmissão. Para isso, trabalhamos com a orientação que toda ‘tosse há mais de três semanas’ deve ser investigada para tuberculose, através do exame de escarro”, explica.

Prevenção, diagnóstico e tratamento

Nesse domingo (24), é comemorado o Dia Mundial de Conscientização da Tuberculose. A data serve de alerta para a população sobre os sintomas e como se prevenir da doença.

Quando uma pessoa infectada tosse, elimina gotículas que contêm o bacilo de Koch, um micro-organismo minúsculo que, apesar do tamanho, pode ser visto no microscópio comum. Os principais sintomas são: tosse persistente por mais de duas semanas, febre, cansaço, falta de apetite, emagrecimento, dor no peito, produção de catarro e em casos mais graves escarros com sangue.

Para prevenir a doença desde a infância é recomendável a vacina BCG logo na maternidade ou nos primeiros dias de vida. Orienta-se, também, que todo aquele que tiver contato próximo com um paciente infectado, seja examinado para que se verifique se houve contaminação.

“Tanto o diagnóstico quanto o tratamento são feitos de forma descentralizada, ou seja, devem ser feitos na Unidade de Saúde mais próxima à residência da pessoa. A tomada do medicamento de forma regular garante uma cura próxima a 100%, mas hoje ainda temos muitos que abandonam o tratamento, o que pode contribuir para que a doença permaneça na comunidade com a possibilidade de óbitos”, comentou Mércia.

De acordo com a infectologista e coordenadora do Núcleo de Epidemiologia, Segurança do Paciente e Infecção Hospitalar (NESPIH/Huse), Iza Lobo, tratar a doença de forma correta é uma medida importante para o controle da doença.

“O tratamento deve ser levado a sério, não pode haver interrupção, muito menos o abandono, pois pode haver agravamento da doença e comprometer o organismo. Muitas pessoas interrompem o tratamento quando os sintomas desaparecem, o tratamento é longo, mas, deve ser completado, independente da melhora no quadro”, explicou.

*Com informações da SES

 

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