Sergipe tem mais de 326 mil pessoas sem vacina ou com esquema incompleto
Vacina não é capaz de barrar a infecção, mas previne casos graves e mortes Cotidiano | Por Will Rodriguez 29/01/2022 06h00 - Atualizado em 30/01/2022 09h25Embora as vacinas estejam disponíveis há mais de um ano na rede pública de saúde, há quem ainda não tenha buscado a proteção contra a covid-19 ou quem esteja com o ciclo vacinal atrasado, o que também compromete a imunização contra o vírus.
Em Sergipe, levantamento obtido pelo F5News revela que existem mais de 326 mil pessoas em uma destas condições descritas acima. Com o recrudescimento da pandemia, são os imunizantes que têm garantido o controle de óbitos e internações.
Os dados tiveram como base os registros de vacinação feitos até a última semana pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) e a Secretaria da Saúde de Aracaju (SMS).
Em Sergipe, há 85.087 pessoas com 18 anos ou mais que não receberam a D1 e são 27.379 entre 12 e 17 anos que não receberam a primeira dose. Embora representem menos de 15% do público-alvo, estas pessoas estão mais suscetíveis a desenvolver casos graves da doença.
Já em relação à segunda dose, de acordo com a SES, existem 213.719 pessoas aptas que ainda não procuraram os pontos de vacinação nos municípios onde residem. Desse total, são 151.149 pessoas com 18 anos e mais e 62.570 de 12 a 17 anos.
Na capital sergipana, a Secretaria contabiliza 97.473 pessoas que ainda não tomaram nenhuma dose de vacina, incluindo a população de 5 a 11 anos. Segundo a SMS, 329.746 pessoas estão aptas a tomar dose de reforço, das quais 163.372 já o fizeram, o que equivale a 49,54% de vacinados.
Uma análise divulgada pela SMS na semana passada revelou que mais da metade dos idosos internados por covid-19 na rede pública municipal estavam com a vacinação atrasada.
Pacientes que tomaram a segunda dose há mais de quatro meses, e ainda não tomaram a injeção de reforço, são considerados com o esquema vacinal incompleto. O mesmo vale para quem tomou a vacina de dose única (Janssen) há mais de dois meses e não tomou o reforço.
Especialistas reforçam que a vacina não é capaz de barrar completamente a infecção, mas previne casos graves e mortes.
Diante do avanço acelerado da variante Ômicron, que começa a pressionar hospitais públicos e privados, a recomendação é que as pessoas procurem a dose de reforço.
“A população não pode deixar de buscar sua dose de reforço, pois já temos estudos comprovando sua importância, principalmente numa fase de transmissão da variante ômicron e aumento nos casos de síndromes gripais, o que resulta na alta procura por atendimento nas unidades de saúde”, destaca a secretária da Saúde de Aracaju, Waneska Barboza.
Estudos já mostraram que os imunizantes da Pfizer e da AstraZeneca, por exemplo, têm perda de eficácia contra a nova variante, mas mantêm significativo grau de proteção quando foram tomadas as três doses do produto.