A Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) de Aracaju convocou uma coletiva de imprensa para o final da tarde desta sexta-feira (13). Foi anunciado um reajuste da passagem do transporte coletivo da Grande Aracaju, que passa a custar R$ 4,50 a partir de domingo (16/05).

Atualmente, o valor cobrado pela tarifa é de R$ 4,00. O último reajuste tinha sido feito em 2018. O aumento autorizado pela autarquia foi de 12,5%, o que corresponde a menos da metade do percentual solicitado pelas empresas do setor, conforme apuração do F5News.

Como o sistema é integrado este novo valor também se aplica às passagens para as cidades de Nossa Senhora do Socorro, São Cristóvão e Barra dos Coqueiros.

“A tarifa do transporte público estava congelada, em Aracaju, há mais de três anos, e o sistema passa por uma grave crise em âmbito nacional devido, principalmente, aos constantes aumentos do diesel. Para amenizar a dificuldade do transporte público, a Prefeitura tomou uma série de medidas, mas ainda assim o reajuste é necessário”, afirmou o superintendente Renato Telles.

O prefeito Edvaldo Nogueira já havia enviado à Câmara de Aracaju dois projetos de lei para subsidiar o transporte público na capital. As medidas visavam diminuir custos das empresas e garantir a passagem gratuita das pessoas com deficiência e idosos.

Pedro Ramos/Arquivo F5News

Em fevereiro deste ano, o superintendente da SMTT, Renato Telles, já havia dito que os subsídios planejados pela Prefeitura poderiam ser suficientes para não haver um reajuste tarifário.

Já em março deste ano, circularam mensagens de um possível aumento da passagem, que foi rapidamente negado pela SMTT. As publicações estimavam o preço em R$ 5,50. 

As empresas alegam, principalmente, o aumento nos custos para prestação do serviço, como os constantes reajustes no valor do diesel (47% só neste ano). Além disso, apresentam dados de diminuição do número de passageiros no sistema. Em fevereiro deste ano, o número de usuários do serviço ainda estava cerca de 30% menor do que no mesmo período de 2020, anterior à pandemia.

Além disso, o transporte coletivo sofre com paralisações dos rodoviários e até manifestação de passageiros da região metropolitana de Aracaju, após o período mais acentuado da pandemia.