SSP diz que número de homicídios em Sergipe caiu 35% em maio | F5 News - Sergipe Atualizado

SSP diz que número de homicídios em Sergipe caiu 35% em maio
De janeiro a maio mais de 500 pessoas foram assassinadas no Estado
Cotidiano 02/06/2016 09h42


Por Will Rodriguez

Sergipe registrou uma queda de 35% no número de assassinatos registrados em maio de 2016, conforme balanço divulgado nesta quinta-feira (2) pela Secretaria da Segurança Pública (SSP). O quinto mês deste ano terminou com 74 homicídios, enquanto no mesmo período do ano passado esse número chegou a 114.

O balanço da SSP mostra que o maior número de mortes violentas está concentrado no interior do Estado. Foram notificados 56 casos em maio deste ano, enquanto na capital ocorreram 18 homicídios.  “Não estamos vivendo uma tendência matemática de queda. Se o índice parar de crescer já é um resultado, mas vamos tentar reduzir ao máximo”, afirma o secretário da Segurança, delegado João Batista.  

Na comparação com o mês de abril, a SSP registrou uma retração de 23,7%. Em abril ocorreram 97 homicídios e em maio o total caiu para 74. Esse foi o menor número de homicídios registrado nos últimos 20 meses, perdendo apenas para o mês de setembro de 2014, quando ocorreram 71 mortes violentas. A SSP divulgou dados relacionados às regiões com a maior mancha criminal.

O coordenador da Polícia Civil, delegado Alessandro Vieira, diz que o resultado satisfatório é resultado da integração entre as polícias Civil e Militar. “Não é fruto de ações aleatórias, é fruto do planejamento, sobretudo nas comunidades que respondem pelo maior número de homicídios”, afirmou, fazendo referência ao bairro Santa Maria, na zona Sul da capital, aonde 32 pessoas já foram assassinadas este ano. A região deve receber nesta sexta-feira (3), uma unidade do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). “A marginalidade no Santa Maria está imerso num ambiente de pessoas de bem. A missão não para, trazemos a certeza de que onde se precisa mais, no limite dos nossos recursos, vamos destinar nosso melhores policiais”, completou.

O comandante da PM, coronel Marcony Cabral, corrobora o entendimento e acredita que ainda é cedo para classificar a situação como satisfatória. Segundo ele, é preciso fortalecer ações conjuntas a exemplo da que foi desencadeada no começo desta semana no Santa Maria, que resultou na prisão de 10 pessoas e apreensão de sete adolescentes. “Há muito trabalho, não quero comemorar nada. A Polícia nunca deixou de estar presente, mas hoje a interação é maior e a população passou a acreditar mais em nosso trabalho. A percepção de segurança tem estado mais presente”, observou.

Prudência

Apesar da queda registrada em maio, o secretário da segurança é cauteloso ao fazer projeções sobre a incidência de crimes violentos nos próximos meses. Indagado sobre a atuação da SSP durante o mês de junho, quando ocorrem os festejos juninos em todo o Estado, Batista salientou que a estratégia que vem sendo adotada será mantida, mas ressalva a necessidade de atuação de outros órgãos públicos de forma articulada na organização dos eventos.

 

“Há um conglomerado de pessoas, bebida alcoólica e outros fatores (que podem favorecer a prática de delitos), por isso, os produtores de eventos e prefeitos não podem pensar em fazer festa sem ter um planejamento antecipado sobre a segurança, inclusive informando a SSP com antecedência de 40 dias, para que possamos organizar a Polícia Militar. Não temos como cobrir todo o Estado, porque assim como em outros estados, sofremos com um déficit de pessoal, mas com base no planejamento e nas estatísticas podemos realizar um trabalho mais eficiente”, destacou João Batista.

As estatísticas da SSP revelam que Sergipe registrou 513 homicídios de janeiro a maio de 2016. Já nos cinco primeiros meses do ano passado foram registrados 536 crimes, ou seja, 5% a mais.  

O secretário evidenciou que o combate a criminalidade depende também de uma reformulação da Lei de Execuções Penais. “Se ela (a lei) não for repensada, vamos continuar prendendo e soltando, investido em segurança, mas com resultados pífios. A segurança se revoluciona de forma simples: quem cometeu crime que pague. No Brasil a pena, quase sempre, é reduzida. Não temos problema em prender duas ou três vezes, mas temos que ser honestos em dizer que só a prisão não vai resolver (a criminalidade)”, completou. 

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