O Superior Tribunal de Justiça negou mais uma vez o pedido de habeas corpus do prefeito de Lagarto (SE) licenciado, Valmir Monteiro, e do genro dele, Igor Ribeiro, presos na Operação Leak no mês passado por decisão do Tribunal de Justiça de Sergipe.

A defesa entrou com pedido de liberdade pela segunda vez na semana passada, dia 11, depois que o STJ decidiu pela manutenção da prisão no início deste mês. Na noite desta segunda-feira (18), pouco antes das 20h, em nova decisão o STJ recusou o habeas corpus. O relator do processo é o ministro Rogério Schietti Cruz, da sexta turma.

Valmir, Igor Ribeiro e os empresários Joel do Nascimento Cruz e Gildo Pinto dos Santos, que seguem detidos, são investigados pelo crime de lavagem de dinheiro, suspeitos de integrar um esquema de desvio de recursos da Prefeitura de Lagarto. Essa investigação do Ministério Público de Sergipe (MP) é um desdobramento da apuração sobre o desvio de recursos do matadouro municipal, que levou ao afastamento de Valmir Monteiro em novembro do ano passado.

Processo envolve crimes da lei de licitações, “lavagem” ou ocultação de bens, direitos ou valores, contra o meio ambiente e o patrimônio, contra a ordem tributária, de responsabilidade, contra a paz pública, além de formação de quadrilha ou bando.

Recentemente, uma inspeção realizada pela Promotoria de Controle Externo do Ministério Público Estadual teria flagrado supostas regalias a Valmir, que está detido no Presídio Militar de Sergipe (Presmil), desde as investigações, o que configura infração disciplinar. O suposto flagrante foi divulgado em um vídeo e a defesa criticou a exposição do prefeito investigado, afirmando que o caso seria levado à Corregedoria do Ministério Público e ao Conselho Nacional do órgão.