Foi indiciado por roubo simples o homem acusado de cometer diversos assaltos em clínicas particulares e a vários estabelecimentos comerciais de Aracaju, que foi preso em flagrante nesta segunda-feira (10) depois de tentar outro roubo. A investigação começou no dia 4 passado, logo depois de um assalto a um hospital particular localizado no bairro São José.

O suspeito tem 29 anos, é andarilho e usuário de drogas. Ele já tinha passagens por roubo e furto; tendo sido preso recentemente. Em dois procedimentos, houve indicamento por roubo simples. A Polícia Civil o identificou um dia depois do crime praticado contra a unidade hospitalar através das imagens que circularam nas redes sociais e do trabalho de investigação, quando se iniciaram as buscas para localizá-lo.

Segundo a delegada Juliana Alcoforado, houve dificuldades para localizar o suspeito já que o homem, apesar de ser casado, não tinha endereço fixo, passando a viver nas ruas e a cometer crimes depois de entrar no mundo das drogas. "A família desconhecia seu paradeiro, ele se encontrava circulando em pontos aleatórios da cidade onde havia concentração de usuários de drogas e percorremos todos esses lugares. Ontem ele tentou executar mais um roubo e foi contido por populares que perceberam que ele não estava armado. A Polícia Militar foi acionada, ele foi autuado e interrogado na delegacia", afirma. 

São vários delitos cometidos só em fevereiro, entre eles a de uma clínica no Siqueira Campos, zona oeste da capital. A suspeita ainda é de que ele agia há mais tempo. Mais de dez roubos a estabelecimentos estão sendo atribuídos ao suspeito que confessou os crimes. Oito deles somente na farmácia Pague Menos, além de outros em farmácias, delicatéssen, clínicas médicas, confeitarias e padarias com o objetivo de usar dinheiro para consumir drogas. A Polícia apurou ainda que em uma das delicatéssens o suspeito chegou a trabalhar no local. 

"Já tinhamos oito procedimentos instaurados, mas pelas contas do que ele admitiu e nós tínhamos dúvida diante das imagens, temos uma média de 14. Estamos sendo procurados por diversas vítimas e estamos agora procurando outras vítimas para que haja reconhecimento. Agora ele está à disposição da justiça e esperamos que diante de toda a sequência de roubos que ele fez, a gente consiga uma pena expressiva", relata a delegada, do Departamento de Crimes contra o Patrimônio (Depatri).

Conforme apurado, o suspeito não portava arma de fogo e sempre agia sozinho ameaçando as vítimas, fingindo estar armado, com uma das mãos escondida sobre a veste. A delegada reforça que a vítima não deve reagir a assalto, independente do cidadão estar ou não armado. A Polícia Civil busca agora identificar um segundo suspeito de ter participado de apenas um dos crimes.