Tamanduá-mirim fica preso em poste e é resgatado pelos bombeiros em SE | F5 News - Sergipe Atualizado

Tamanduá-mirim fica preso em poste e é resgatado pelos bombeiros em SE
O animal foi levado para o Centro de Triagem da Adema e será devolvido à natureza
Cotidiano | Por Aline Aragão 17/08/2021 18h20


Um tamanduá-mirim foi resgatado de cima de um poste de energia elétrica na manhã desta quarta-feira (17), no povoado Porto Grande, em Nossa Senhora do Socorro, região Metropolitana de Aracaju. A operação de resgate foi realizada por equipes do Corpo de Bombeiros Militar de Sergipe (CBM/SE) e da Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema). A Energisa também esteve no local.

As equipes foram acionadas pelo agente comunitário de saúde José Ferreira, que estava fazendo visita na comunidade quando foi alertado pelos moradores sobre o animal. “Cheguei aqui por volta das 8h e um morador falou sobre o tamanduá no poste. Ele disse que não sabe quando ele subiu lá, mas acredita que tenha sido durante a madrugada, quando toda vizinhança ouviu muitos cães latindo”, relata.

Curiosos passavam pelo local e paravam para tirar fotos. A dona de casa Suely Rocha disse que nunca tinha visto um tamanduá de perto, mas estava preocupada com a segurança do animal.

“É muito bonito, queria até criar, mas sei que o lugar dele é na natureza. Quero que a ajuda chegue logo, o bichinho pode cair lá de cima ou ser eletrocutado", disse.

As equipes chegaram ao povoado por volta das 10h30. Os bombeiros usaram uma escada para alcançar o animal que, apesar de estar aparentemente calmo, prendeu as garras na luva do militar, dificultando o resgate. O tamanduá foi colocado em uma espécie de cesto e entregue à equipe da Adema. A ação foi comemorada com aplausos pelos moradores que acompanharam todo processo.

O veterinário da Adema, Daniel Allievi, disse que o exemplar é uma fêmea jovem, tem cerca de quatro anos e apresentava sinais de fraqueza. Após ser resgatado, o tamanduá foi levado para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS), onde foi feita reposição hídrica e nutricional, além de fluidoterapia. 

“É um animal muito comum em regiões de mata fechada, provavelmente saiu do seu habitat à procura de alimentos e pequenos insetos, a exemplo de formigas e cupins, e terminou por escalar o poste, sem depois conseguir descer. Ele vai ficar um período em observação até a sua posterior soltura em área de reserva ambiental”, explicou Allievi.

A Adema orienta à população que, ao encontrar algum animal silvestre, deve manter contato com a equipe plantonista de resgate, por meio do telefone (79) 99191-5535.

Edição de texto: Monica Pinto
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