Taxa de analfabetismo recua em Sergipe, de acordo com o IBGE
O estado registra, porém, a 6ª maior taxa entre pessoas com 15 anos ou mais Cotidiano | Por F5 News 12/06/2023 19h30A taxa de analfabetismo entre pessoas com 15 anos ou mais, em Sergipe, foi de 11,7%, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua: Educação 2022, divulgada nesta segunda-feira (12), pelo Intituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O estado apresenta o sexto maior percentual registrado no Brasil e está bem acima da média brasileira (5,6%), porém exatamente com a mesma taxa média do Nordeste (11,7%).
Segundo o IBGE, essa é a primeira divulgação do módulo após a pandemia. Em todo o país, a taxa de analfabetismo recuou de 6,1% em 2019 para 5,6% em 2022
Em Sergipe também houve um recuo se comparado com 2019, ainda na pré-pandemia. A taxa saiu de 13,5% para 11,7%. No Brasil, das 9,6 milhões de pessoas com 15 anos ou mais de idade que não sabiam ler e escrever, 59,4% (5,3 milhões) viviam no Nordeste e 54,1% (5,2 milhões) tinham 60 anos ou mais.
Entre os estados brasileiros, as três maiores taxas de analfabetismo foram observadas no Piauí (14,8%), em Alagoas (14,4%) e na Paraíba (13,6%) e as menores, no Distrito Federal (1,9%), Rio de Janeiro (2,1%) e em São Paulo e Santa Catarina (ambos com 2,2%).
Taxa de analfabetismo de pretos e pardos é duas vezes maior que a dos brancos
Em 2022, entre as pessoas pretas ou pardas com 15 anos ou mais de idade, 7,4% eram analfabetas, mais que o dobro da taxa encontrada entre as pessoas brancas (3,4%). No grupo etário de 60 anos ou mais, a taxa de analfabetismo dos brancos alcançou 9,3%, enquanto entre pretos ou pardos ela registrava a 23,3%.
Na análise por sexo, a taxa de analfabetismo das mulheres de 15 anos ou mais, em 2022, foi de 5,4%, enquanto a dos homens foi de 5,9%. Entre os idosos, a taxa das mulheres foi de 16,3%, ficando acima da dos homens (15,7%).
Segundo a coordenadora Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy, a tendência de queda do analfabetismo se verifica nos grupos onde ele é maior: população mais velha e pessoas de cor preta ou parda.
"É como se tivesse mais espaço para queda nesses grupos, uma vez que a população jovem já está mais escolarizada. De todo modo, temos um panorama no qual persiste mais de 20% da população de 60 anos ou mais de cor preta ou parda na condição de analfabeta”, afirmou.
Confira todas as informações sobre a PNAD Contínua no site do IBGE.