A Universidade Federal de Sergipe (UFS) aumentou de 26 para 29 o número de pesquisadores entre os 10 mil mais influentes da América Latina, segundo o AD Scientific Index 2024. O ranking anual contabiliza indicadores bibliométricos de quase 1,5 milhão de cientistas de 23 mil instituições de ensino e pesquisa de 219 países no mundo.

UFS

Entre os 29 pesquisadores mais produtivos da UFS no levantamento, 7 são do Departamento de Medicina; 3 (Química); 3 (Educação Física); 3 (Agronomia); 2 (Farmácia); 2 (Física); 2 (Ecologia); 1 (Fisiologia); 1 (Psicologia); 1 (Educação em Saúde); 1 (Tecnologia de Alimentos); 1 (Fisioterapia); 1 (Odontologia); e 1 (Economia).

Os pesquisadores Jean Carlos Santos e Stephen Francis Ferrari, do Departamento de Ecologia; Joselina Luzia Menezes, do Departamento de Medicina; e Narenda Narain, do Departamento de Tecnologia de Alimentos; são os nomes novos da UFS no ranking em relação ao ano passado.

"Nós, pesquisadores negros, somos sub representados na comunidade científica, especialmente entre os melhores pesquisadores. Penso que estar nesse ranking pode servir de inspiração para as futuras gerações de pesquisadores e pesquisadoras," pontua o professor Jean Carlos Santos.

Mulheres na ciência

Mairim Russo Serafini é uma das quatro pesquisadoras da UFS no AD Scientific Index 2024. Pela terceira vez, a professora do Departamento de Farmácia figura no ranking das cientistas mais influentes internacionalmente.

"É uma fonte de imensa gratidão e orgulho. É importante destacar que com a pandemia de COVID-19, tivemos um impacto significativo em nossas pesquisas laboratoriais, além da escassez de recursos para pesquisa. Portanto, não podemos ignorar o quão desafiadora tem sido essa jornada,” destaca a pesquisadora.

"Conseguimos alcançar bons resultados, especialmente quando trabalhamos em colaboração com pesquisadores de excelência, tanto dentro do nosso grupo de pesquisa, dentro da UFS, mas também em âmbito nacional e internacional. Este reconhecimento valida nosso esforço diário e coletivo," acrescenta Mairim Serafini.

UFS no topo

Entre as 519 universidades brasileiras listadas no ranking, a Universidade Federal de Sergipe é a 33ª colocada. Na América Latina, a UFS ocupa a 47ª posição entre 1.828 instituições públicas e privadas. Mundialmente, está entre as mil universidades mais bem ranqueadas.

“Esse reconhecimento reflete a qualidade dos estudos desenvolvidos na instituição, apesar dos desafios financeiros enfrentados pela pesquisa, e corroboram de forma inquestionável com a recente nota máxima obtida pela UFS no recredenciamento realizado pelo MEC. A UFS, apesar de todos os desafios enfrentados, está no caminho certo e atua para o fortalecimento da ciência em nosso estado,” afirma o pró-reitor de Pós-graduação e Pesquisa da UFS, Lucindo José Quintans Júnior.

O que é o AD Scientific Index?

O AD Scientific Index é um sistema de classificação desenvolvido por uma organização independente, que mede o desempenho científico e o valor agregado da produtividade científica de cada pesquisador de forma individual.

A avaliação é feita a partir da combinação de indicadores bibliométricos do Google Acadêmico, a exemplo do h-index, que considera o número de citações recebidas pelas publicações; e do i10, que leva em conta os artigos publicados com 10 ou mais citações.

“É uma alegria imensa figurar novamente nessa lista de renomados cientistas. Estar em anos consecutivos tanto no AD Scientific Index quanto no ranking publicado pela Universidade de Stanford mostra a consistência do trabalho que nós temos desenvolvido aqui em Sergipe,” ressalta o professor Paulo Ricardo Martins Filho.

O levantamento classifica os pesquisadores por 12 áreas do conhecimento: Agricultura e Silvicultura; Artes, Design e Arquitetura; Negócios e Gestão; Economia e Econometria; Educação; Engenharia e Tecnologia; História, Filosofia e Teologia; Direito e Estudos Jurídicos; Ciências Médicas e da Saúde; Ciências Naturais, Ciências Sociais; e Outras.

“Essa distinção reforça o compromisso com a excelência acadêmica e com o impacto positivo das nossas pesquisas na comunidade científica e na sociedade como um todo,” complementa o pesquisador.

Outro ranking

Em 2023, a UFS emplacou sete cientistas entre os 2% mais influentes do mundo, segundo o ranking da Universidade de Stanford (EUA), considerado o mais prestigiado internacionalmente.

O levantamento da universidade norte-americana abrange os 2% dos pesquisadores mais citados, com base nos dados de mais de 9 milhões de cientistas. A avaliação é feita com base nas informações da plataforma Scopus, a maior base de dados de literatura revisada por pares.

Fonte: Assessoria de Comunicação