Com apenas oito dias para o fim da campanha de vacinação contra gripe, cerca de 45% das pessoas dentro do público-alvo ainda não foram imunizadas em Sergipe. A meta da Secretaria de Estado da Saúde (SES) é vacinar cerca de 460 mil pessoas até o dia 1º de junho. Segundo dados da SES, Sergipe tem aproximadamente 280 mil pessoas vacinadas até o momento, o que corresponde a 55% da população alvo.

Em Aracaju, segundo a coordenadora de imunização, Tânia Nunes, a cobertura vacinal está em 50%, ou seja, são cerca de 7.500 pessoas do grupo prioritário. Ela credita a baixa procura à falta de conhecimento sobre a importância da vacina. Na capital sergipana e nos demais 74 municípios, os postos de saúde ficam abertos até às 17 horas.

A prioridade é vacinar pessoas com maior risco de complicações pela gripe, como idosos, grávidas, mulheres que acabaram de ter bebê e crianças menores de cinco anos, mesmo que tenham tomado a vacina no ano passado. A população deve procurar os postos no fim da campanha, que se encerra em 1º de junho, segundo calendário do Ministério da Saúde.

A vacinação também inclui trabalhadores da área da saúde, professores, indígenas, presos ou jovens cumprindo medidas socioeducativas, além de agentes penitenciários, pessoas com doenças crônicas, aquelas que tenham vivam com o vírus HIV e doenças autoimunes.

As doses demoram entre sete e dez dias para imunizarem o paciente contra três variações da gripe mais comuns no inverno: A/H1N1, A/H3N2 e influenza B. O agravamento delas pode evoluir para uma pneumonia e se tornar mortal em pessoas mais vulneráveis. Muitas pessoas tem afirmado sofrer efeitos colaterais por conta da vacina, mas a coordenadora desmistifica.

“Toda vacina pode ter um efeito adverso, mas o que vem acontecendo com as pessoas é uma virose, não tem nada a ver com a vacinação. Após tomar a vacina, é aconselhado que o paciente aguarde cerca de 30 minutos para saber se vai reagir bem. Em caso de efeito colateral, o paciente é avaliado e notificado”, afirma Tânia Nunes.

Quem tem alergia a ovo, ao antibiótico canamicina ou teve síndrome de Guillain-Barre deve procurar um médico antes de se imunizar. Precisam de um tratamento especial. Já a pessoa que está com febre, deve esperar a cura antes de ir ao posto de saúde.

Higiene

Além de se vacinar, para se proteger, é importante lavar as mãos antes de se alimentar, usar um lenço descartável para limpar o nariz, além de cobrir o nariz e a boca para espirrar ou tossir, evitando tocar as excreções e manter a casa bem ventilada.

A transmissão da influenza se dá, normalmente, pelo convívio com pessoas infectadas ao tossir, espirrar ou falar. Pode acontecer também pelo contato com as secreções respiratórias. Em geral, os sintomas são febre, tosse ou dor na garganta, dor de cabeça, muscular ou nas articulações, por uma semana, mais ou menos. Cansaço extremo é um sintoma grave.

*Estagiário sob supervisão da jornalista Fernanda Araujo.