Por Fernanda Araujo

Lojistas de Aracaju estão otimistas com vendas para Dia das Mães

A segunda maior data comemorativa para o comércio e varejo brasileiro deve ser positiva este ano e injetar quase R$ 14 bilhões no setor. No início deste mês de maio o Dia das Mães, dia 14, pode representar um fôlego para os lojistas do país e em Sergipe, que enfrentam queda nas vendas nos últimos meses por conta de feriados e paralisações.

A expectativa é que sete em cada dez (73%) brasileiros realizem pelo menos uma compra no período, segundo estudo do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) feito em todas as capitais. Aproximadamente 109 milhões de brasileiros devem presentear alguém neste Dia das Mães.

Para Aracaju, espera-se o crescimento de 1,5 a 2% das vendas. O controle da taxa Selic, que é o indexador para juros bancários, o controle da inflação e os saques das contas inativas do FGTS são indicadores que deixam os lojistas animados. A divulgação do calendário de pagamento dos salários dos servidores do Estado e do Município também é uma injeção de ânimo às vésperas da data.

“Diferente do ano passado, isso contribui para que os comerciantes estejam mais incentivados à venda, criando campanhas que contagiem", afirma o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Aracaju (CDL), Brenno Barreto.

As entidades empresariais do estado já comemoram a perspectiva de aumento. Para Brenno Barreto, a data apela para o emocional e, por isso, desde a semana passada o setor busca criar o clima para atrair os consumidores. “Foi interrompido por conta da greve geral, mas a partir de segunda vamos fazer campanhas conjuntas com as entidades, planejando colocar cartazes, faixas, carro de som. Estamos há mais de 30 dias trabalhando nisso”, afirma.

No Centro Comercial de Aracaju ainda não foi definido se vai funcionar em horário estendido no Dia das Mães. Os comerciantes não devem abrir as lojas no domingo, mas verificam a possibilidade de estender o horário no sábado, dia 13.

“Alguns querem abrir no sábado até às 15h, mas creio que vai ter movimento, porque o brasileiro deixa para última hora, aí o próprio lojista vai providenciar que as lojas fiquem até mais tarde”, acredita o empresário.

Por considerarem que os produtos estão mais caros que no ano passado, devido à crise econômica, o consumidor tenderá a ficar mais cauteloso nas compras; apesar do elevado percentual de consumidores que devem ir às compras, a maior parte está receosa de aumentar gastos e vai procurar manter o orçamento livre de dívidas. Dos pesquisados do SPC e CNDL, a maioria deve comprar apenas um presente, pagar à vista e gastar a mesma quantia que no ano passado. O gasto médio deve girar em torno de R$ 127. Roupas e perfumes lideram preferência, em seguida vêm calçados, cosméticos e flores ou chocolates.