Gestão fiscal de 92% das cidades sergipanas é difícil ou crítica
Índice mostra 78% dos municípios em estado crítico no equilíbrio fiscal das contas Economia | Por Antonio Cardoso 03/11/2021 12h55A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) divulgou índice que mede o equilíbrio fiscal das cidades brasileiras em 2020. Das 75 sergipanas, apenas Aracaju e Moita Bonita apresentaram uma boa gestão fiscal, enquanto 59 cidades estão em situação crítica e 10 são consideradas com dificuldade, como aponta o Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF).
Esse índice avalia quanto a cidade arrecada por meio de impostos, como gasta esse dinheiro, os investimentos feitos e as condições para arcar com compromissos futuros. O IFGF varia de 0 a 1. A classificação é feita da seguinte forma: de 0 a 0,4 a situação é classificada como crítica; de 0,4 a 0,6 com dificuldade; de 0,6 a 0,8 boa gestão e acima de 0,8, excelência.
Segundo o IFGF, 59 cidades sergipanas estão em situação crítica, 78% dos municípios, 10 estão com dificuldade, ou seja 13%, e apenas Moita Bonita e Aracaju são avaliadas com uma boa gestão. Nenhum município sergipano é caracterizado pelo índice com excelência, ou seja, uma avaliação maior que 0,8.
Veja o ranking das dez cidades sergipanas melhor avaliadas no índice da Firjan:
1º Aracaju - 0.7919
2º Moita Bonita - 0.6125
3º Nossa Senhora de Lourdes - 0.5829
4º Cedro de São João - 0.5510
5º Barra dos Coqueiros - 0.5354
6º São Cristóvão - 0.5074
7º Itaporanga d´Ajuda - 0.4786
8º Japaratuba - 0.4774
9º Estância - 0.4721
10º Itabaianinha - 0.4466
Mesmo sendo a cidade sergipana mais bem avaliada, com o indicador de 0.7919, Aracaju é a 668a. colocada no ranking nacional. Já o pior município avaliado em Sergipe é Canindé de São Francisco, com 0.0126, e ocupa a 5237º posição de 5.239 cidades que constam no estudo, portanto na terceira pior avaliação do país.
Entre as posições das cinco cidades mais populosas de Sergipe, segundo o IBGE:
668º - Aracaju avaliada com 0.7919 e com 672.614 habitantes
3012º - São Cristóvão avaliada com 0.5074 e com 92.090 habitantes
4202º - Itabaiana avaliada com 0.3535 e com 96.839 habitantes
5006º - Lagarto avaliada com 0.1835 e com 106.015 habitantes
5026º - N. Sra do Socorro avaliada com 0.1720 e com 187.733 habitantes
Segundo a Firjan, o estudo destaca que o cenário de pandemia exigiu ações extraordinárias para que os impactos sobre a saúde e a economia fossem minimizados, além das eleições municipais, aspectos que contribuíram para a melhora do quadro fiscal dos municípios.
Em Sergipe, 92% das cidades apresentam situação difícil ou crítica em relação ao equilíbrio fiscal, mostrando uma fragilidade do poder municipal em arcar com despesas e organização da situação financeira das cidades.
Os municípios de Nossa Senhora da Glória e Santo Amaro das Brotas não possuem dados divulgados pela federação. Confira o estudo feito pela Firjan clicando aqui.
Estagiário sob a supervisão da jornalista Laís de Melo*