Você já deve ter reparado que não dá mais para colocar a mesma quantidade de itens no carrinho de compras pagando o mesmo valor que há alguns meses. Esse é um dos reflexos da escalada da Inflação, que compromete o poder de compra de muitas famílias brasileiras, ou seja, as respectivas rendas, que têm relação direta com o emprego. Em Aracaju, o consumidor precisa trabalhar 100h06m, por mês, para comprar uma cesta básica.

Os cálculos são do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que mensalmente monitora os preços em 17 capitais brasileira. Em abril,  o conjunto de alimentos subiu 5,04% na capital sergipana, chegando a R$ 551,47. Ainda assim, é a cesta básica mais barata do país. 

Por outro lado, o aracajuano precisou trabalhar cerca de 5 horas a mais do que em março para conseguir adquirir a mesma quantidade de itens. No terceiro mês deste ano, eram necessárias 95h18m de trabalho para comprar a cesta básica em Aracaju. Está abaixo, contudo, da média nacional que é de 119 horas. 

A pesquisa do Dieese também revela que o valor pago pelo conjunto de bens alimentícios na capital sergipana corresponde a 49,19% do salário mínimo atual, de R$ 1.212.  Em março, esse percentual era de 46,83%.

Nos últimos 12 meses, a alta acumulada é de 17,42%. Já o aumento só neste ano já está em 15,36%.

Salário Mínimo 

O Dieese também faz a estimativa do salário mínimo ideal para atender às necessidades de uma família de quatro pessoas mensalmente. Em abril, esse valor ficou em R$ 6.754,33 e corresponde a 5,57 vezes o piso federal atual.

A projeção indica qual é o rendimento mínimo necessário para que um trabalhador e sua família possam suprir as despesas do mês com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.

O cálculo do valor ideal para abril tem como base os preços da cesta básica de São Paulo, a mais cara do mês entre as 17 capitais que são analisadas na pesquisa. 

Produtos com alta em relação a março de 2022 na cesta básica de Aracaju

Pão francês (9,70%)
Leite integral (11,31%)
Café em pó (7,58%)