Cesta básica de Aracaju sobe 6% em janeiro, mas segue a mais barata do país
Saiba quais itens puxaram alta de janeiro, a segunda maior entre as capitais Economia | Por Will Rodriguez 07/02/2022 15h02 - Atualizado em 08/02/2022 07h28O consumidor aracajuano começou o ano sentindo a força da inflação na hora de adquirir os alimentos básicos. O custo da cesta básica em Aracaju teve um aumento de 6,23% no mês de janeiro de 2021. Ainda assim, a capital sergipana tem o menor valor para o conjunto de bens alimentícios entre as 17 capitais pesquisadas.
Os dados são do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Em janeiro de 2021, a aquisição dos itens básicos chegava a R$ 450,84; no mesmo mês de 2022, o aracajuano precisou desembolsar R$ 507,82.
Em Aracaju, a cesta básica registrou a segunda maior elevação do país. O principal vilão foi o tomate, que ficou 47,43% mais caro na capital sergipana, a maior alta do país, influenciada pela menor oferta, uma vez que a área plantada da fruta foi reduzida.
O preço do quilo do café em pó subiu em todas as capitais, com Aracaju apresentando a segunda maior variação, uma alta de 12,95%. Isso ocorreu, segundo o Dieese, por conta da expectativa de quebra da safra 2022/2023 e os menores estoques globais.
Em contrapartida, os preços do óleo de soja e do feijão registraram leves quedas no primeiro mês do ano, ambas de menos de um ponto percentual em comparação ao mês anterior.
Nos últimos 12 meses, a alta acumulada da cesta básica em Aracaju chega a 12,24%.
Com o custo mais elevado, o consumidor teve de trabalhar, pelo menos, duas horas a mais, passando de 90h10m min para 92h11m trabalhadas para conseguir custear a alimentação, em 2022.
O salário mínimo, contudo, não acompanhou as elevações. Segundo o Dieese, seriam necessários R$ 5.997,14 para uma família de quatro pessoas se alimentar, o que corresponde a 4,95 vezes o mínimo vigente, de R$ 1.212,00.