Deu certo: Ex-aprendizes contam como entrar e se manter no mercado de trabalho
Jovens compartilham o que levaram da experiência de aprendiz para suas carreiras Economia 26/09/2022 19h00Pesquisa da Organização Mundial do Trabalho (OIT) mostra que mais de 23% da população entre 15 e 24 anos, no Brasil, nem trabalha, nem estuda. São quase quatro milhões de adolescentes e jovens à espera de oportunidade de emprego.
Hoje, Alexsandra Silva dos Santos,19 anos, estaria na estatística de desempregados se não fosse a ajuda de um programa de aprendizagem profissional.
“Fiquei cinco meses na empresa como aprendiz, através do programa Aprendiz Integrado, e fui efetivada. O meu caso foi um dos mais rápidos. Me dediquei muito, tanto à empresa quanto ao programa de aprendizagem. Deu certo!”, conta Alexsandra, atualmente, assistente administrativa de uma distribuidora de alimentos em Sergipe.Alexsandra disse que começou participando dos treinamentos presenciais e logo entendeu o porquê de estar ali: “Não era obrigação para conseguir o primeiro emprego”, disse. E completa: “Aprendi a conviver com as pessoas, sobre gratidão e responsabilidade”.
Desafios
Carlos Alexandre dos Santos, 24 anos, começou como aprendiz aos 17 anos. Trabalhou em duas empresas, até ser efetivado. A oportunidade surgiu em 2020, em plena pandemia: “Na época estava tudo zerado. Ninguém fazia nada. Eu, inclusive, estava recém-casado e desempregado”, lembra.O ex-aprendiz disse que o programa lhe ajudou a entender a importância de agarrar as oportunidades. “Hoje sou movido a desafios”, disse Carlos Alexandre, que está batalhando para ser o encarregado do setor em que trabalha.
Já para Jayonara Teixeira de Jesus, 23 anos, o primeiro desafio foi convencer à família de que já era hora de trabalhar. “Eu já tinha o ensino médio completo. O meu pai é taxista e não queria que eu trabalhasse, queria que eu continuasse somente com os meus estudos”, lembra.No início da pandemia, a necessidade de ajudar à família moveu Jayonara ainda mais a buscar um emprego. “Entrei como aprendiz e fui efetivada. Com o primeiro salário, ajudei meu pai a pagar o licenciamento do táxi para ele continuar trabalhando”, conta orgulhosa.
Jessiele Santos Reis, 20 anos, auxiliar de doces, diz que um dos grandes legados dos seus tempos de aprendiz foi aprender a trabalhar em equipe – habilidade comportamental mais valorizada pelos líderes de grandes empresas da América Latina, segundo pesquisa da Page Group.
Jessiele revela a lição para a carreira, que aprendeu no início dos treinamentos no programa de aprendizagem Aprendiz Integrado: “Sonhar grande e persistir sempre, afinal, sonhar grande ou pequeno dá o mesmo trabalho”, filosofou a sorridente ex-aprendiz.
Fonte: Programa Aprendiz Integrado