O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em Sergipe (Sebrae-SE), realizou, nesta quarta-feira (06), o encontro dos carcinicultores 2022, em Aracaju. O evento contou com a participação de produtores e de especialistas da área, que debateram o futuro do segmento no estado.

A carcinicultura é o ramo específico da aquicultura, voltado para a criação de camarão em cativeiro, na forma de cultivo marinho ou de água doce, um ramo em expansão no Brasil.

“Em Sergipe, a atividade é capaz de resgatar a dignidade de pessoas sem perspectivas nas atividades tradicionais, inviabilizadas por causas ambientais, baixo retorno econômico e incipiência de políticas de apoio ao produtor”, relatou o professor da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e palestrante do evento, José Milton Barbosa, em entrevista à revista Feed e Food. 

A produção de camarão é uma atividade bastante rentável. Segundo dados do Observatório de Sergipe obtidos em 2019, a produção está concentrada principalmente nos municípios de Nossa Senhora do Socorro (1.120 Toneladas/ano), Brejo Grande (832 Toneladas/ano), São Cristóvão (446 Toneladas/ano), Santo Amaro (197 Toneladas/ano) e Indiaroba (165 Toneladas/ano).

“O objetivo do evento era reunir e dar voz aos produtores de camarão do estado, ouvi-los é uma parte muito importante já que eles estão na linha de frente da produção. Focamos na necessidade, pois fizemos um e identificamos que a falta de tecnologia é um dos fatores que por vezes tem atrasado uma produção que poderia ser até maior, tendo em vista que a presença de aparatos tecnológicos auxilia no manejo dessa cadeia produtiva e nos mostra onde queremos chegar", disse Luciana Oliveira analista técnica do Sebrae Sergipe.

De acordo com a Associação Brasileira de Criadores de Camarão (ABCC), entre 2016 e 2020 a produção no Brasil cresceu mais de 80%. A Região Nordeste tornou-se a principal produtora do país, respondendo por 99% dos camarões criados em cativeiro e Sergipe é responsável por cerca de 7% desse total.

Atualmente o quilo do camarão segue em elevação, mas sua exportação ainda é pouca no país, pois grande parte da produção é voltada para o mercado nacional.