Mais de 13 mil sergipanos já ficaram desempregados em 2016
Economia 31/08/2016 06h05Por F5 News
Apesar de economistas apontarem uma estagnação da crise econômica, ela ainda continua afetando o mercado de trabalho sergipano severamente. A fila de pessoas sem a carteira assinada não para de aumentar e isso acaba, segundo especialistas, refletindo no poder de consumo e nos hábitos da população que busca alternativas para driblar o momento de turbulência.
De janeiro a julho deste ano, conforme dados do Ministério do Trabalho, 13.654 pessoas ficaram desempregadas no estado, quase o dobro do número de postos de trabalho fechados no mercado sergipano durante o mesmo período do ano passado, quando 7.170 pessoas não conseguiram se recolocar no mercado de trabalho.
É o que tá acontecendo com o técnico em eletrônica, Juliano Teles, 25 anos. Apesar de ter dois cursos profissionalizantes na área, há três meses ele foi demitido. Além das mudanças que teve de fazer no orçamento, a sua rotina passou por adaptações, cancelou festas, trocou a academia particular pela corrida no calçadão da 13 de Julho, em Aracaju, e agora divide os seus dias em freelas e a entrega de currículos. “Muitos ansiosos pra jogar Pokémon Go e eu ansioso por uma ligação para fazer entrevista”, brinca, otimista.
O nível de emprego que é o salda da diferença entre contratações e demissões já sofreu uma retração de quase cinco pontos percentuais este ano, cerca de três a mais do que nos sete primeiros meses de 2015. Nos últimos 12 meses, o Ministério verificou um declínio de 3,86% no nível de emprego, o que corresponde a menos 11.683 postos de trabalho. Isso significa que tem o mercado continua desaquecido.
O mês de julho de 2016, por exemplo, foi o pior dos últimos 14 anos, desde que os dados passaram a ser compilados pelo MTE. Ao todo, foram eliminadas 1.495 vagas de emprego formal, e os setores que mais contribuíram para este resultado foram a Construção Civil (-769 postos), Comércio (-535 postos) e Indústria de Transformação (-131 postos).
Sem ritmo
Apesar dos números pouco animadores, o ritmo de agravamento da crise econômica está diminuindo, segundo aponta o Termômetro da Indústria desenvolvido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Contudo, o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, ressalva que a atividade industrial ainda se recuperou.
Ele avalia que a recuperação da economia será lenta e dependerá, sobretudo, de ações efetivas para reequilibrar as contas públicas e das reformas estruturais, como a da Previdência e a modernização da legislação trabalhista.
"Ainda não é possível dizer que a crise ficou para trás. Mas o comportamento de alguns indicadores é um sinal de que as coisas começam a melhorar e que as medidas adotadas pelo governo até aqui estão na direção correta", afirma Andrade.
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