Novos campos de exploração de gás em SE devem gerar competitividade
De seis campos, Petrobras espera extrair um terço da produção atual do país Economia | Por F5 News 16/06/2019 16h05 - Atualizado em 17/06/2019 10h57Os seis novos campos descobertos pela Petrobras em Sergipe devem impulsionar a competitividade do gás natural no estado e em todo o país. É o que apostam os governos estadual e federal, na perspectiva de que o produto possa se tornar o mais barato do país.
A descoberta foi divulgada no mês passado e já é considerada a maior desde o pré-sal, em Sergipe e no estado de Alagoas. A Estatal espera extrair 20 milhões de m³ por dia de gás, o equivalente a um terço da produção atual brasileira, um investimento de R$ 2 bilhões para limitar a área e construir o gasoduto este ano, pelos dados do Ministério de Minas e Energia (MME). Conforme cálculo da consultoria Gas Energy, a exploração deve gerar R$ 7 bilhões de receita anual à estatal e sócias.
Entre os planos econômicos do Governo Federal, a proposta é baratear em até 50% o custo do gás natural e reindustrializar o país. Em Sergipe, a expectativa é que a queda do preço do gás aconteça em breve, devido ao aumento da produção, que ajuda na redução dos custos; pela entrada de novos atores na disputa, como empresas norte-americanas, além da presença de importadoras de gás, que também vão concorrer pela infraestrutura de escoamento. A produção também deve influenciar na redução na tarifa de transporte e, com isso, também no preço final do produto.
O Governo Federal também pretende estimular a economia na região com o gás, que de 2014 a 2017 ficou estagnada, e com isso retomar a indústria de petróleo e gás no Nordeste.
Ao Estadão, o diretor da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Felipe Kury, disse acreditar que o potencial da Bacia de Sergipe-Alagoas seja promissor e que, além dos seis campos da Petrobras, novos indícios de presença de petróleo e gás devam surgir em outras áreas da região nos próximos anos e resultar em novas descobertas.
Segundo a Estatal, as águas profundas de Sergipe têm mostrado grande potencial para o desenvolvimento e que o orçamento do projeto para os seis campos, ainda em exploração, está previsto no plano estratégico da empresa para os próximos cinco anos, conforme informou a assessoria à reportagem.
Depois da hibernação da Fábrica de Fertilizantes em Sergipe, da venda de campos da Petrobras, e do fechamento de empresas como a Cerâmica de Sergipe que alegou o alto preço do gás, o secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, José Augusto Carvalho, diz que diálogos estão sendo feitos com indústrias que dependem do gás para que elas tenham interesse pelo produto com o argumento de que o valor da matéria-prima deve ser reduzido com o aumento da oferta.
Sergipe procura atrair potenciais consumidores para o município da Barra dos Coqueiros, na Grande Aracaju, onde está localizado o Porto de Sergipe, e, no futuro, deve estar de pé um novo distrito industrial, gerando emprego e renda para a região.
Investimentos privados
Em cinco anos, o Estado, sozinho, deve movimentar 40 milhões de m³ por dia de gás, volume que corresponde a mais de quatro vezes a atual capacidade de consumo de toda a Região Nordeste. Desse total, a metade da produção virá da Celse, empresa controlada por sócios da Noruega, Estados Unidos e Brasil e que construiu há três anos a primeira unidade de regaseificação privada do país na Barra dos Coqueiros. Sozinha, a empresa deve investir US$ 5 bilhões; inaugurando concorrência com a Petrobras.
*Com informações da Agência Estado
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