Permuta Nordeste: modelo de negócio promete fortalecer relações comerciais em Sergipe
Economia 15/03/2017 12h49 - Atualizado em 16/03/2017 08h19Por Fernanda Araujo
Aumentar a produtividade e a força de vendas é uns dos objetivos de qualquer empresa. Vantagens essas como adquirir produtos sem gastar dinheiro, expor a marca e fortalecer parcerias comerciais é o que pretende a Permuta Nordeste, uma administradora de permutas multilaterais, cujos membros realizam negócios de modo digital através da troca de bens e/ou serviços, entre empresas e profissionais de vários estados.
O novo modelo de negócio será lançado em Aracaju (SE) a partir desta quarta-feira (15), às 19h30, no Ocean Hotel, na Orla de Atalaia. Segundo Márcia Cruz, responsável pela empresa, o serviço já está disponibilizado há seis meses e quase 50 estabelecimentos no estado estão cadastrados no negócio.
“A intenção é fazer em toda a região Nordeste, mas começamos a desenvolver em Sergipe”, afirma.
Se associando à Permuta Nordeste, segundo Márcia, a empresa ou profissional liberal dispõe de um limite de crédito que pode utilizar adquirindo produtos e serviços dentro do grupo através de permuta (troca), sendo que as transações são feitas sem moeda corrente. As negociações ocorrem de forma virtual, pelo site da administradora.
“O associado, ao adquirir produtos e serviços no grupo, vai acumulando créditos e débitos, como uma conta corrente, sendo que o ‘pagamento’ é sempre feito com seus próprios produtos ou serviços, e não em dinheiro. Mas tem ocorrido casos em que o associado precisa comprar algo de maior valor do que o limite que ele dispõe, então neste caso, ele paga a diferença em moeda corrente”, explica.
Se um restaurante estiver precisando de móveis pode adquiri-los com uma loja de móveis também associada, esta também troca por outro produto do restaurante, ou se preferir serviço de outra empresa. “É por isso que chamamos Permuta Multilateral, que é diferente da tradicional onde quem quer comprar depende do outro precisar dos seus produtos. Na permuta multilateral, o associado pode comprar sem que o fornecedor tenha que comprar dele”, diz a publicitária.
Qualquer segmento empresarial, profissional liberal, micro empresários podem participar, mas cada empresa é avaliada de acordo com a capacidade de atendimento. É a partir dessa avaliação que é determinado o seu limite para adquirir produtos no grupo.
“Cada empresa ou profissional dispõe de um crédito de acordo com a sua capacidade de atendimento, estrutura e demanda. Quanto mais procura houver pelos produtos ou serviços dele, mais limite é disponibilizado para que ele possa adquirir mais produtos. Por exemplo, uma empresa de móveis tem um limite de crédito para permutar dentro do grupo de R$ 8 mil; então, ele pode adquirir diversos produtos, de diversos segmentos. Ao adquirir tais produtos ele ficará nos devendo esse valor a ser pago com seus próprios móveis, para quando alguma empresa ou profissional associado solicitar”, ressalta.
A Permuta Nordeste
O negócio já tem rendido boas experiências entre os associados, afirma Márcia Cruz. Apesar de a proposta ter causado um receio inicial, o aspecto mais positivo, para ela, é o fortalecimento das relações comerciais, onde todos saem ganhando. Segundo a publicitária, a ideia surgiu quando seu professor pediu para que cada aluno desenvolvesse um produto novo.
“Como temos uma empresa de outdoor, onde havia muitas solicitações de permutas, pensei em criar um cartão de crédito que gerisse tais transações comerciais”.
Para aderir, a pessoa deve se cadastrar através do www.permutanordeste.com.br e assinar um termo de adesão anexando cópia de contrato social e documentos dos sócios. No site o associado poderá consultar quais empresas e profissionais estão no grupo e começar a adquirir produtos ou serviços. A remuneração da Permuta Nordeste é formada pela comissão automática na realização de alguma compra através do grupo.
“O nosso negócio é gerar negócio para os nossos associados. O associado somente remunera a PN após ter adquirido algum produto no grupo. Somos nós que disponibilizamos o crédito, por isso o risco é nosso. Quando o associado adquire um produto no grupo, ele fica com débitos com a PN, e não com a empresa que o forneceu. Caso não cumpra a sua parte em entregar os seus serviços quando solicitado, ou venha a fechar a empresa, somos nós que seremos prejudicados, por isso a importância da avaliação de crédito de cada empresa ou profissional na hora do cadastro”, completa.
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