Qualificação profissional é o primeiro passo para chegar ao mercado de trabalho | F5 News - Sergipe Atualizado

Qualificação profissional é o primeiro passo para chegar ao mercado de trabalho
Ex-jovem aprendiz é exemplo de sucesso do programa em Sergipe
Economia 01/05/2017 15h23 - Atualizado em 01/05/2017 17h32


Por Aline Aragão

Este 1º de maio é um dos mais emblemáticos da história do país, não só pela crise que fechou milhares de postos de trabalho, - Sergipe perdeu mais de 13.500 vagas nos últimos 12 meses, segundo o Ministério do Trabalho -, mas principalmente pelas mudanças previstas na lei trabalhista, caso o projeto de reforma que já passou pela Câmara Federal seja aprovado também no Senado. E em meio a tantas dúvidas e incertezas de quem está começando, o que devem fazer os jovens que buscam uma vaga no mercado de trabalho formal? Qual o melhor caminho a seguir? Para muitos, esse caminho começa pela qualificação profissional.

E quando o assunto é qualificação e primeiro emprego, o acesso ao mercado de trabalho pode ficar mais fácil através do programa Jovem Aprendiz, oferecido por diversas empresas públicas e privadas em todo o Brasil e criado a partir da Lei do Aprendiz (lei nº 10.097 de 2000), que determina que toda empresa de grande ou médio portes deve ter de 5% a 15% de aprendizes entre seus funcionários e garante a formação técnico-profissional a jovens com idade entre 14 e 24 anos.

Oportunidade que o estudante Michael John dos Santos Fonseca, soube aproveitar. Aos 20 anos, ele cursa Gestão em Recursos Humanos em uma faculdade particular, e trabalha há quatro anos em uma multinacional. Entusiasta do que faz, ele diz que a conquista de uma vaga no mercado de trabalho, principalmente em um momento tão difícil na economia do país, tem que ser vista como uma vitória.

Michael começou a trabalhar aos 16 anos através do programa Jovem Aprendiz, atuou durante um período em uma grande rede de supermercados, onde recebeu convite para continuar e ser contratado, mas pela pouca idade ainda não podia assinar a carteira. Logo foi parar em outro grande grupo empresarial, primeiro como jovem aprendiz, e mesmo antes de terminar o curso, surgiu uma oportunidade de assinar a carteira de trabalho. Ele não pensou duas vezes. Começou como auxiliar e hoje é assistente de RH. “Vejo que aqui posso continuar crescendo e é isso que quero”, diz.

Apesar de toda empolgação, ele revela que não foi fácil conquistar o espaço, mas que sempre encarou os desafios com muita determinação e foco na profissão. “É preciso estar disposto a enfrentar as dificuldades, pensar positivo e sempre tirar o melhor de toda situação”.

Hoje Michael dá as boas vindas aos jovens aprendizes, durante a integração de novas turmas, e busca transmitir todo entusiasmo e amor que tem pelo que faz. “Eu digo que eles precisam abraçar essa oportunidade com muita garra, porque ela é o pontapé inicial para inserção de cada um no mercado de trabalho. Conto minha história pra eles e busco entusiasmá-los com isso, porque, se você valoriza o que tem, você vai longe”, diz.

Para ele, a qualificação é um degrau importante na carreira profissional. “Sempre busquei e continuo buscando a qualificação profissional, e sei que posso chegar mais longe. Se você valoriza o que faz, acredita no seu potencial, você com certeza vai alcançar o sucesso que procura. Não basta se dedicar, é preciso se apaixonar pelo que se faz”, afirma.

Assim como Michael, milhares de jovens participam do programa todos os anos. Só em 2016 foram mais de mil em Sergipe. E muitos conseguiram se manter no emprego.

Segundo o Núcleo de Inclusão Social, responsável pelo programa Aprendizagem Profissional Comercial do Senac em Sergipe, mais do que uma oportunidade de emprego, o programa Jovem Aprendiz é também uma oportunidade de crescimento pessoal.

Quem deseja se candidatar ao programa deve preencher alguns requisitos básicos determinados pela Lei da Aprendizagem.

Veja quais são eles:
* Estar dentro da faixa etária determinada que vai de 14 a 24 anos;
* Não ter qualquer experiência profissional comprovada;
* Estar matriculado no Ensino Fundamental ou Médio e apresentar um bom rendimento ou já ter concluído os estudos recentemente;
* Ter disponibilidade para trabalhar em uma carga horária reduzida, de segunda à sexta-feira, 6 horas por dia, sem que isso prejudique seu rendimento escolar;
* Ter vontade de aprender e ser esforçado.

O jovem que for contratado como aprendiz estará amparado pela Lei da Aprendizagem e deverá receber os seguintes benefícios:

* Remuneração mensal (valor mínimo: 1 salário mínimo federal);
* 13º salário;
* FGTS;
* Férias (mesmo período das férias escolares);
* Vale-transporte;
* Assinatura na Carteira de Trabalho

A empresa ainda poderá fornecer vale-alimentação, vale-refeição ou refeitório no local.

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