Sergipe perdeu mais de cinco mil vagas com carteira assinada em 2015 | F5 News - Sergipe Atualizado

Sergipe perdeu mais de cinco mil vagas com carteira assinada em 2015
Pela primeira vez em 13 anos saldo de emprego ficou negativo no Estado
Economia 22/01/2016 08h06


Por Will Rodrigues

O mercado de trabalho sergipano terminou 2015 com o pior resultado em mais de dez anos. Pela primeira vez desde que o Ministério do Trabalho começou a catalogar os dados do Estado, em 2003, o saldo de postos de trabalho formais ficou negativo. Foram perdidas 5.178 vagas com carteira assinada, o que representa uma redução de 1,68% em relação ao estoque (número total de empregos formais) do ano anterior. Ao todo, ocorreram 109.941 contratações e 115.119 demissões. Apenas o setor de serviços e serviços industriais de utilidade pública registraram saldo positivo: juntos terminaram 2015 com a geração de 356 novos empregos.

Em dezembro do ano passado, Sergipe gerou 2.250 empregos a menos. Apenas os setores da Administração Pública e dos Serviços Industriais não registraram mais demissões que contratações. Ainda assim, os saldos desses setores não conseguiram fazer frente ao saldo negativo que os demais ramos apresentaram. A Construção Civil (-765 postos) e a Indústria de transformação (-629 postos) foram os principais responsáveis por este desempenho.

Esses dados refletem o cenário econômico adverso do país, que provocou o fechamento de  3.329 empresas sergipanas em 2015, um número 40% maior que em 2014. Além disso, quem conseguiu se recolocar no mercado de trabalho aceitou ganhar menos: de R$ 1.291 em 2014 para R$ 1.270.

Em todo o país, 2015 terminou com a perda de 1.542.371 postos de trabalho formal, representando queda de 3,74% em relação ao estoque do ano anterior.

O estoque de empregos para o mês de dezembro de 2015 atingiu o total de 39.663.114, resultado inferior ao registrado em dezembro de 2014 (41,205 milhões) e de dezembro de 2013 (40,785 milhões).

Os setores que mais registraram queda foram a indústria de transformação e a construção civil - 608.878 e 416.959 vagas, respectivamente. A agropecuária foi o único setor que apresentou resultado positivo em 2015, com 9.821 postos de trabalho a mais do que no ano anterior.

De acordo com o ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto, o resultado é o pior já registrado desde 1992. "2015 foi um ano difícil. Os números não são bons", disse. "Mas as conquistas dos últimos anos estão preservadas, pois o estoque de empregos continua alto", completou.

"Não é correto afirmar que 2015 destruiu as conquistas dos últimos anos. Continuamos com mercado formal elevado no país. Mesmo que os números não tenham sido positivos", reforçou Rossetto.

Os dados mostram que todas as grandes regiões do país reduziram o nível de emprego formal: Sudeste (-891.429 postos ou -4,09%), Nordeste (-254.402 postos ou 3,74%), Sul (-229.320 postos ou -3,08%), Norte (-100.212 postos ou -5,15%) e Centro-Oeste (-67.008 postos ou -2,08%)

*Com informações da Agência Brasil

Infográfico: Will Rodrigues/Elaborado em 21/01/2016

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