Entre loucos, inexpressivos e alegrias, nasce a 11ª edição do Curta-SE | F5 News - Sergipe Atualizado

Entre loucos, inexpressivos e alegrias, nasce a 11ª edição do Curta-SE
Entretenimento 13/09/2011 17h21


Por Jaime Neto

Na Capital de Sergipe, a noite de ontem, segunda-feira (12) no Teatro Tobias Barreto, teve um brilho cultural maior. A 11ª edição do Festival Ibero-americano de Cinema de Sergipe (Curta-SE) abriu as portas da sétima arte para o público, que aguarda, anualmente, ansioso a exibição de produções locais, nacionais e estrangeiras.

Com intervenções culturais, exibição do longa ‘O Senhor do labirinto’ e o show da norte-americana, Jessie Evans, a organização do evento comprovou mais um ano que o Curta-SE não é apenas uma ‘festinha para reunir amigos’ e sim um caminho sério de se pensar produção e divulgação cultural, com um olhar de dentro para o externo.

Ainda que patrocinado e apoiado pelo Governo de Sergipe, Cinemark, Banco do Nordeste e Fundação Aperipê, Pontão Avenida Brasil, Ponto de Cultura Figuras em Trânsito, Banese Card, Shopping Jardins, Mega Collor, CiaRio, Estúdios Mega, Cinerama Brasilis, Nova Digital, Porta Curtas, Canal Brasil, Revista Preview, Revista Raça Brasil, Revista Brasileiros, Sesc Sergipe, Unit, UFS, Secretaria de Estado da Cultura, Prefeituras de Estância, Laranjeiras e São Cristóvão, Fórum dos Festivais, Congresso Brasileiro de Cinema, Conselho Nacional de Cineclubes, ABD/SE, Segrase, Infonet, Superlux, Ativa Impressão Digital, Swapi, Sebrae, Fest’AFilm, Oceanário, Aruanã Eco Praia Hotel e Faculdade Serigy, com realização da Casa Curta-SE e Ministério da Cultura/Governo Federal, o Curta-SE é filho da força de Rosângela Rocha, que assina a direção executiva e também de Deyse Rocha, na produção executiva, que torna o evento numa verdadeira fábrica de emprego para uma geração de profissionais das áreas cultural e de comunicação.

Respeitando a diversidade de pensamentos e principalmente as boas ideias, este ano o Festival estenderá sua atuação também para as cidades de Estância, Laranjeiras e São Cristóvão. “Temos mais uma edição grandiosa, onde exibiremos mais de 130 filmes. Essa é nossa prova de amor aos sergipanos que nos prestigiam. É fundamental falar de cultura no Brasil e faça chuva ou sol dedico cada dia deste evento a equipe do Curta-SE.”, enfatizou Rosângela.

 

Cadê a Prefeitura de Aracaju?

Mesmo reconhecido publicamente, o Curta-SE ainda passa por provações anuais. Durante a abertura do evento, foi notório o burburinho nos corredores do TTB pela falta significativa da Prefeitura de Aracaju, que nem de apoiadora se mostrou capaz de integrar o Curta-SE. Mesmo em falta, o prefeito Edvaldo Nogueira e sua cúpula, serão lembrados durante a semana do festival, visto que até o próximo dia 17 de setembro, Aracaju será a sede mor deste grande movimento cinematográfico brasileiro.

Nesta edição de 2011, o Curta-SE vem respaldado pelo então governador do Estado, Marcelo Déda, que se prontificou em colocar a Secretaria de Estado da Comunicação em ligação direta com a organização do evento. Repetindo a dose de anos anteriores, espalhando por diversos pontos de Sergipe a atuação do evento.

 

Bispo do Rosário

O público sergipano lotou o TTB não apenas pelo prestígio de ver nascer esta nova edição, mas para conferir a primeira exibição do longa ‘Senhor do Labirinto’, filme dirigido por Geraldo Motta, com o ator Flávio Bauraqui no papel do artista sergipano Arthur Bispo do Rosário, natural de Japaratuba. O longo traz também atores sergipanos mesclando suas participações com outras referências da TV Globo, como a inexpressiva Maria Flor.

Aguardado com ânsia, justamente por ter sido rodado basicamente em solo sergipano e com a maioria dos recursos financeiros oriundos de patrocínio público estadual, a película apresentou de maneira didática a loucura de Bispo. A cidade de Japaratuba, pouco citada no filme, ganhou apenas ares de comentários numa introdução rápida para ilustrar a ida do artista para o Rio de Janeiro, onde ele resíduo a maior parte de sua vida.

Merecendo os parabéns, os atores sergipanos Diane Velloso e Luiz Carlos Reis, este em seu último papel, o Bispo de Motta acabou se tornando mais um piadista do que um profeta propriamente dito. É sabido pelos mais inteirados da vida de Bispo do Rosário que o mesmo tinha grandes certezas quanto a sua própria divindade, mas no filme (apesar da boa representação de Bauraqui), faltou o lúdico da direção para costurar as passagens de época do artista. Os cortes secos, e a maquiagem carregada de alguns personagens não contribuíram para encantar o público que saiu do teatro com cara de paisagem.

Em seu texto de agradecimento, bastante emocionado Geraldo Motta foi mais generoso com o público. “Não se trata de apenas um filme feito em Sergipe, mas de uma produção com artistas e trabalhadores do Estado. Estou honrado em mostrar esse filme para esta plateia e também para o pessoal que colaborou na execução desta obra, como as bordadeiras e Japaratuba e os presidiários, que participaram fazendo a cenografia e costurando. Sei que esta produção melhorou, certamente, a qualidade de vida de todos os envolvidos.”, disse o diretor.

 

Jessie Evans e o show de horrores

Desconhecida de grande parte do público local, a cantora e multi- instrumentista, Jessie Evans subiu ao palco do Tobias Barreto e tentou. Tentou ser animada, tentou movimentar a plateia. Tentou agradar vestida de Carmem Miranda. Tentou se fazer entender. Mas o resultado não foi tão satisfatório.

Com exceção de duas dúzias de alunos da Universidade Federal de Sergipe, que se mostraram disponíveis ao bailar pelo desconhecido som, o restante do público que ficou para ver a apresentação não sacou muito bem a ideia da artista.

Evans que vem mostrando o repertório de seu CD intitulado ‘Is It Fire’ em alguns shows no Brasil foi infeliz em apresentar uma Carmem Miranda ‘louca de ácido’. Talvez seja essa a representação que muitos estrangeiros tenham do público alternativo brasileiro, porém nem os mais alternativos sergipanos ficaram para conferir o som da moça-extra-maquiada.

No quesito show de abertura, a organização do Curta-se receberia uns 6,0 pontos, se fossem levadas em consideração as macacadas feita por Jessie. Do jogar água na plateia, que já estava morna por não entender nada do que ela cantava aos rodopios pelo teatro, a estrangeira deixou os mais modernos sentindo saudades das frases pornográficas-cômicas de Preta Gil.

Porém como trata-se de um festival de cinema, é sabido que a programação do restante do Curta-SE será compensatória. É esperar e conferir, o festival merece seus aplausos.

 

Fotos: Divulgação/Curta-SE

 

 

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