Nesta sexta-feira (1º), começou oficialmente a 38ª edição do Festival de Artes de São Cristóvão (Fasc) na chamada Cidade Mãe de Sergipe, localizada na Região Metropolitana de Aracaju. 

Victor Balde/Prefeitura de São Cristóvão

Embora as atrações musicais sejam o grande destaque do evento, o maior brilho é de fato assistir e prestigiar as manifestações artísticas que dão brilho e cor à história de São Cristóvão em particular, e ao estado de Sergipe, no plano geral.  

A exemplo do Cine Trianon, que entre a exibição de filmes internacionais, contou também com o filme Marte Um na programação. O filme, que representou o Brasil no Oscar em 2022, conta com a direção do mineiro Gabriel Martins, que esteve no festival participando da mesa sobre a sétima arte "Sonho e cinema: O impossível possível”, junto com a professora da Universidade Federal de Sergipe (UFS) Kênia Freitas. 

“O filme surge na minha imaginação logo após a Copa do Mundo de 2014, pensando muito nesse mito do jogador de futebol no Brasil, que para muitos garotos de periferia é uma espécie de bilhete premiado. Eu fazia um exercício de pensar: e se um desses garotos de periferia decidissem ser outra coisa, como um astrofísico?”, explicou o diretor. 

Literatura

Já na área literária também não faltaram opções neste primeiro dia de evento. No Salão de Literatura Manuel Ferreira aconteceu a mesa sobre literatura sergipana com a escritora Stella Carvalho, que contou ao público as experiências com seu livro de poesias intitulado "Kizila". 

O salão também conta com um acervo de livros a preços acessíveis, com valores a partir de R$ 10. 

Música

Quando o assunto é música, já é fato consolidado que o Fasc possui um público cativo. Nem a noite quente afastou ou desanimou os que estiveram presentes para prestigiar artistas a níveis regionais e nacionais como a artista sergipana Mali, que abriu as atividades no palco Capuchinhos. 

Ou mesmo o rapper mineiro FBC, um dos mais aguardados da noite e que agitou o mesmo palco de Mali, empolgando o público com hits como "Se tá Solteira" "De Kenner" e "Se eu não te cantar".

Já a artista baiana Rachel Reis se emocionou com a recepção do público que, empolgado, cantou junto e mostrou que as letras estavam na ponta da língua. A cantora animou os presentes com hits como "Motinha", "Maresia" e "Pelo". 

O encerramento do palco ficou com a banda sergipana The Baggios, indicada ao Grammy Latino com o álbum Brutown e figurinha carimbada no evento. A banda mostrou, mais uma vez, porque é uma das maiores da cena sergipana da atualidade, cantando hits de todos os álbuns de sua carreira. 

No palco principal, a festa ficou por conta de Carlinhos Brown, que elevou a atmosfera do ambiente e animou até os mais exaustos. Já a cantora mineira Marina Sena, uma das mais aguardadas da noite, empolgou os presentes e inclusive levou fãs para performar no palco junto a ela. 

Músicas como "Por Supuesto", "Que Tal" e "Me Toca" foram algumas tocadas durante a madrugada, e o público esteve presente cantando e dançando até às 4h da manhã.