Por Márcio Rocha

Seleção Brasileira de Ginástica que treina em Aracaju é ouro no Pan

A equipe de Conjunto de Ginástica Rítmica, que tem como base de treinamento a cidade de Aracaju-SE, conquistou a medalha de ouro dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, na disputa de conjunto geral. É o quarto título consecutivo das meninas de ouro do Brasil.

A equipe que treina no Centro de Excelência de Ginástica no Complexo Lourival Batista é formada por Dayane Amaral, Drielly Daltoé, Débora Falda, Luísa Matsuo, Bianca Mendonça e Eliane Sampaio e comandada pela técnica Camila Ferezin. Essas meninas elevaram o nome do Brasil e colocaram em destaque o nome de Sergipe, em uma competição de alto nível, como os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara.

O Brasil ganhou o ouro com 48.575 pontos, depois de finalizar as duas rotações. A primeira com cinco bolas, na qual atingiu a melhor nota (25.100), e a segunda com três fitas e dois arcos (23.475).

Dessa forma, a Seleção repetiu os resultados de Winnipeg (1999), Santo Domingo (2003) e Rio de Janeiro (2007). O Canadá, grande rival das brasileiras, cometeu falhas técnicas e ficou com a prata (47.950) e Cuba com o bronze (47.175).

Emocionada, Camila Ferezin ressaltou sua felicidade e destacou que alcançou o objetivo traçado, já que, quando foi convidada para treinar a Seleção pela presidente da CBG (Confederação Brasileira de Ginástica), Luciene Resende, esse era o principal objetivo: conquistar o tetra no Pan.

"Para mim, é muito gratificante, porque é um grupo muito novo, que foi montado em fevereiro. E, há dois meses, Drielly e Eliane - que eram da Seleção Individual -, se juntaram à equipe. Todas trabalharam muito, focadas e confiantes nesse resultado. Sabíamos que seria muito difícil, mas não impossível. Merecíamos esse resultado".

Camila destacou que as adversárias canadenses, americanas e cubanas dariam trabalho e seriam difíceis de serem vencidas, mas o trabalho logrou êxito pela persistência. A conquista do ouro nos jogos Pan-Americanos sucedeu a conquista do ouro no campeonato Sul-Americano, vencido pelas brasileiras na Venezuela.

“Vencer as americanas e canadenses é muito difícil, devido ao tempo de treinamento das seleções, que é superior a quatro anos em desenvolvimento. As cubanas eram a grande incógnita do Pan, pois elas não participam de competições internacionais e não sabíamos como elas viriam. Foi um trabalho árduo, com total dedicação das meninas, que nestes meses de treinamento mostraram um grande entrosamento e habilidade”, destacou Camila Ferezin, em entrevista ao F5 News.

"Estou muito feliz. Sai do Individual, que é muito diferente do Conjunto, e em apenas dois meses consegui essa sintonia. Os Estados Unidos (quarto colocado) são muito fortes e já têm um grupo que vem treinando há muito tempo. Foi muito esforço de todas nós", comemorou Eliane Sampaio.

Maurício Pimentel, secretário de Estado do Esporte e do Lazer de Sergipe, em conversa com o F5 News, comemorou o resultado da seleção que treina com o apoio do Governo de Sergipe em Aracaju.

“As meninas de ouro do Brasil deram o seu melhor, fizeram um excelente trabalho e mais uma vez deram outro motivo de orgulho para o país. Elas brilham a cada apresentação realizada, cada competição desenvolvida, mais e mais vão conquistando títulos e essa seleção jovem conseguiu manter a hegemonia brasileira na Ginástica Rítmica. A seleção está de parabéns e nós aguardamos sua volta orgulhosamente”, destacou Maurício Pimentel.

A equipe, chefiada por Ana Danielyan, confirmou a supremacia pan-americana e volta ao tablado do Ginásio Nissan hoje (17), às 19h15 (21h15 de Aracaju), para competir na final da coreografia com cinco bolas, e na terça-feira (18), às 18h40 (20h40 de Brasília), para a decisão do conjunto misto, com três fitas e dois arcos.

Com informações da Confederação Brasileira de Ginástica