A grande final da Copa do Mundo será um verdadeiro duelo de gigantes. As duas seleções têm muito em comum: duas estrelas no peito, um camisa 10 que joga no Paris Saint-Germain e a vontade de provar qual é a melhor seleção do mundo em 2022. 

Esse jogo pode quebrar um jejum de 36 anos da Argentina sem ganhar uma Copa do Mundo. O último título mundial foi conquistado no México, em 1986, quando os argentinos ergueram o tão estimado troféu pela última vez.

Se a França vencer, essa pode ser uma comemoração consecutiva da taça após o título de 2018, feito que aconteceu com apenas outras duas seleções.

A primeira foi a Itália, que conquistou a Copa de 1934 em casa, e a de 1838, na França. A outra foi a seleção brasileira, campeã em 1958, na Suécia, e em 1962, no Chile.

Os cenários são diferentes e, apesar de os craques Lionel Messi e Kylian Mbappe jogarem no mesmo clube, na grande final eles estarão em lados opostos. 

E as torcidas das duas seleções estão espalhadas em todos os cantos do planeta. Em Sergipe, não seria diferente. A milhares de quilômetros de distância dos seus países de origem, um argentino e um francês estarão torcendo de longe pelo tricampeonato.

Alejo Moroy, de 24 anos, é argentino. Por coincidência, o jovem quase morou na França, e acompanharia a final na casa do oponente na busca pelo título, mas a mudança não deu certo. Há cerca de dois anos, ele mora no Brasil, em Aracaju. Mesmo ciente da rivalidade das duas seleções, ele até criou um afeto pela seleção brasileira.

“Eu nunca tinha passado uma copa fora do meu país, ainda mais no Brasil, onde temos a rivalidade no futebol. No começo da copa eu até torcia para os dois, mas agora que o Brasil saiu e a Argentina chegou até a final, eu estou com muita esperança e muita fé”, disse o argentino ao F5 News.

Agora, Alejo acredita que os “hermanos” podem conseguir o tricampeonato, e para ele essa conquista seria importante diante do momento vivido pelo país.

"Estamos muito ansiosos, muito iludidos e com muita fé. O time que joga agora representa o país. Pela situação que nosso país está passando, ganhar essa Copa vai dar uma moralzinha. O futebol, tanto na Argentina quanto no Brasil, é uma paixão. Ganhar no domingo vai dar alegria e felicidade para o povo argentino”, afirmou ao portal.

Por sua vez, o francês Lucien Henri, de 75 anos, vive há 50 anos no Brasil, também em Aracaju. Sua torcida é mais moderada, sem tanta ansiedade pelo troféu, afinal, a última conquista dos les bleus foi ocorreu na última Copa. O que ele realmente espera é ver um jogo bonito, mas não esconde que também ficaria feliz com uma vitória francesa.

“Futebol é um esporte, antes de tudo. Os dois times merecem ganhar essa terceira copa. Pelo que assisti, os dois apresentaram um bom futebol. Se não fosse o fato de que sou francês, poderia até torcer para a Argentina, mas sou francês e, pelo futebol que eles têm apresentado, torço para a França e quero que meu país vença”, avaliou o francês em entrevista ao F5 News.

Julien também contou que está confiante com o tricampeonato francês. “A expectativa está boa, porque chegamos à final e temos apresentado um bom futebol na maioria dos jogos”, concluiu.

A França e a Argentina se enfrentam às 12h (horário de Brasília) deste domingo (18), no Estádio Lusail.