“A oposição insiste que temos que continuar falando mal do governo”
Valdir do Sintrase explica que parou de bater porque foi atendido Política 01/04/2014 13h18Por Joedson Telles
Nesta terça-feira 1º de abril, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público do Estado de Sergipe (Sintrase), Valdir Rodrigues, ironizou deputados da bancada de oposição que estão questionando o seu comportamento pacífico frente ao artigo 27 do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV) elaborado pelo Governo do Estado para o servidor público. Segundo os deputados, está óbvio no artigo que o PCCV não será aplicado. Por sua vez, Valdir acredita que deputados politizam a questão.
“Isso é a coisa mais natural do mundo: Valdir era bom quando estava batendo no governador Jackson Barreto (PMDB), cobrando o plano. Batemos firme. Ninguém bateu metade do que a gente bateu. Usamos termos pesados. Éramos bons para oposição. Aí o governo nos atende e envia o plano à Assembleia Legislativa. A oposição insiste que temos que continuar falando mal do governo. Como, se o governo atendeu nossa reivindicação?”, indagou Valdir.
Provocado sobre o polêmico artigo 27, e as duras críticas feitas a ele pelo deputado estadual Gilmar Carvalho (SDD) em seu programa de rádio, na Ilha FM, o presidente do Sintrase admitiu que se o item for retirado será melhor, de fato, para os trabalhadores. Todavia, avaliou como sem o menor sentido criticar o governador Jackson Barreto. “Todo mundo sabe que o Estado está gastando com o servidor público além do limite prudencial. Mas o governo está trabalhando com uma arrecadação que está melhorando. E o governo vai tomar posições para o plano funcionar”, assegurou.
Segundo Valdir, o que está provocando toda a polêmica é o fato de haver uma oposição política que leva em conta o fato de o PCCV ser aprovado e isso ser bom politicamente para o governador Jackson Barreto, e ruim para o grupo do senador Eduardo Amorim (PSC) – ambos pré-candidatos ao Governo do Estado este ano. “Temos também uma oposição velada do movimento sindical que foi beneficiada neste estado, que ganha muito bem, pode ganhar mais, não tenho inveja de salário de ninguém, mas estão com uma campanha velada, pressionando o governo para reformular os planos de carreiras que já têm para ganhar mais”, disse.
Valdir citou como exemplo o Sindicato dos Delegados, o Sindifisco, o Sinpol e o deputado capitão Samuel, que defende reajuste linear. “Têm direito de fazer isso. Mas tem que enxergar que estamos fadados ao fracasso o resto da vida profissional. Se o governo ceder as estas pressões legítimas, não teremos plano de carreiras. A oposição sabe disso e os movimentos sindicais também, por isso que estão pressionando”, disse.
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